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Com o dia 1 de janeiro cada vez mais próximo, vários são os locais onde se organizam rituais que marcam a passagem do ano. Um deles consiste no enterro ou queima do velho.
Moimenta da Beira vai entrar em 2024 com a “Queima do Velho 3.0” na Fonte de São João. Às 23h15, parte deste local o cortejo fúnebre composto pelo “velho” de palha, levado num caixão fúnebre, um falso padre, a luminárias e música que dita o ritmo do cortejo. Além disso, a comitiva é ainda acompanhada por “carpideiras”.
O percurso atravessa algumas das principais ruas da vila, terminando novamente na Fonte de São João. Antes das 12 badaladas, vários cepos são colocados a arder para queimar o velho de palha à meia-noite.
A passagem de ano em Moimenta da Beira será também marcada por um espetáculo de fogo de artifício, assinalando a entrado no novo ano. Às 00h30, está prevista animação musical no Largo do Tabolado, no centro da vila.
Na aldeia de Pias, boneco queimado é ano enterrado
Também na aldeia de Pias, em Cinfães, uma tradição semelhante é colocada em prática para marcar a transição de 31 de dezembro para 1 de janeiro: o Enterro do Ano Velho.
Em preparação para este ritual, a população da aldeia de Pias cria o “Ano Novo”, um boneco feito de palha de centeio, que irá acompanhar o “Ano Velho”, este o boneco de palha criado no ano anterior. Escolhido um “padre” para acompanhar a cerimónia, quatro homens carregam a padiola que levará o Ano Velho, seguidos de uma viúva que irá “carpir” durante o cortejo.
A restante população, munida de tachos ou testos, irá acompanhar o cortejo, chamando aqueles que se encontram em casa com as famílias. Perto da meia-noite, o Ano Novo é queimado no Largo da Cruz, marcando assim a passagem para o ano que está prestes a começar. Esta ritual na aldeia de Pias termina com um convívio entre a população e o Ano Novo é guardado para que se torne ele no próximo boneco a ser transportado na padiola.