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O conjunto da Estância de Montanha das Penhas Douradas, no concelho de Manteigas, e do antigo Sanatório dos Ferroviários, nas Penhas da Saúde, no concelho da Covilhã, na Serra da Estrela, vão ser alvo de classificação de âmbito nacional.
O anúncio do procedimento foi publicado em Diário da República pelo Património Cultural I.P., na sequência da proposta do Departamento dos Bens Culturais daquele organismo tutelado pelo Ministério da Cultura.
Segundo a publicação, os interessados poderão “reclamar ou interpor recurso hierárquico do ato que decide a abertura do procedimento de classificação, nos termos e condições estabelecidas no Código do Procedimento Administrativo, sem prejuízo da possibilidade de impugnação contenciosa”.
A documentação pode ser consultada nas páginas oficiais dos municípios abrangidos (Covilhã, Gouveia e Manteigas), na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centre (CCDRC) e no Património Cultural.
Penhas Douradas é a designação atual da estância da Serra da Estrela situada a 1.475 metros de altitude e usada antigamente para a cura de doenças pulmonares, nomeadamente, a tuberculose, lê-se na página da Internet do município de Manteigas (distrito da Guarda).
O Poio Negro, como também é conhecido localmente, começou a chamar a atenção com a expedição científica à serra da Estrela, em 1881, e posteriormente com construção da Casa da Fraga, em 1882, por Alfredo César Henriques, o primeiro tísico tratado na serra.
O doente “ali viveu dois anos, por indicação do médico Sousa Martins, seguindo-se a construção dos chalés, que hoje constituem a estância de férias”.
“Também nos tempos áureos da Primeira República, as Penhas Douradas atraíram grandes nomes da política nacional, caso do Dr. Afonso Costa, cujos descendentes ainda hoje mantêm o chalé”, acrescenta a autarquia.
As Penhas Douradas integram o território das freguesias de São Pedro e Santa Maria, no concelho de Manteigas, bem como da União das Freguesias de Aldeias e Mangualde da Serra, no concelho de Gouveia, no distrito da Guarda.
Já o Sanatório das Penhas da Saúde, na União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, no distrito de Castelo Branco, é um edifício icónico da encosta serrana, sobranceira à cidade da Covilhã.
Projetado pelo arquiteto Cotinelli Telmo, o Sanatório das Penhas da Saúde foi mandado construir pela Comissão Administrativa dos Sanatórios para Ferroviários Tuberculosos, num terreno situado na Mata da Covilhã, doado pelo Estado.
Edificado entre 1930 e 1936, o sanatório só foi inaugurado em novembro de 1944, “compreendendo um imponente conjunto de planta em V, num volume bastante alongado e estreito, cuja implantação se relaciona diretamente com a orientação solar mais conveniente às suas funções terapêuticas”, lê-se no site do instituto Património Cultural.
Foi desativado em 1969 e votado ao abandono até 1990, quando foi adquirido pela Empresa Nacional de Turismo (Enatur) S.A. para o reconverter numa unidade hoteleira de quatro estrelas da rede de Pousadas de Portugal, gerida pelo grupo Pestana, com projeto do arquiteto Eduardo Souto Moura.