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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
A construção e funcionamento do Centro Oncológico no Hospital de Viseu e a reconstituição da Casa do Douro enquanto associação pública foram as duas moções aprovadas na XII Assembleia do Organismo Regional de Viseu do PCP.
Os comunistas estiveram reunidos este sábado à tarde, uma reunião magna onde foi eleita a nova direção da Organização Regional de Viseu e que contou com a presença do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.
“É preciso um serviço de oncologia avançado, dispondo de equipamentos de radioterapia e de diagnóstico de topo, muito escassos no país e alguns só existentes numa fundação privada, capazes de dar a resposta adequada e esperança a quem dela tanto precisa. É urgente o investimento do Serviço Nacional de Saúde para o tornar mais eficaz e preservar o seu carácter universal e gratuito”, exigiu Leonel Ferreira.
Sobre a Casa do Douro, o jovem João Elias, de S. João da Pesqueira, lembrou que a reconstituição da Casa do Douro enquanto associação pública e de inscrição obrigatória, representante dos viticultores durienses, é “essencial à defesa da produção e dos produtores, ao equilíbrio da organização institucional da Região Demarcada, bem como ao prestígio e valorização de toda a produção vínica, sendo urgente urgente o desenvolvimento dos mecanismos e procedimentos necessários à concretização desta nova condição da Casa do Douro”.
Orçamento de Estado
Já na sessão de encerramento, Jerónimo de Sousa lamentou que “o rolo compressor da maioria absoluta” tenha garantido a aprovação do Orçamento de Estado para 2022 (OE2022) e, consequentemente, adiado “a resolução dos problemas nacionais”.
“Foi para satisfazer a gula do grande capital e calar os avisos e as pressões vindas da União Europeia que o Governo, ontem [sexta-feira] mesmo, fez votar o seu Orçamento do Estado”, afirmou.
Por garantir ficou “a resolução dos problemas nacionais”, considerou o dirigente comunista, lamentando que tenha sido rejeitada “a quase totalidade das quase 340 propostas” que o PCP apresentou.
“Propostas que respondiam a muitos dos problemas, mas que o PS não quis agora resolver, como não queria em outubro”, criticou.
No seu entender, “ao adiar a sua resolução, o Governo contribuiu para o agravamento de todos os problemas” e foi por isso que o PCP votou contra o OE2022.
“Votámos pelas opções que ele contém, mas particularmente por aquilo que lá falta. Votámos contra porque é um orçamento que recusa o aumento dos salários, optando pelos lucros dos grupos económicos”, justificou.
Segundo Jerónimo de Sousa, este orçamento também “recusa valorizar as carreiras e os serviços públicos, escolhendo o caminho da sua degradação”, e “recusa aliviar os impostos a quem trabalha, mas escolhe manter as borlas fiscais”.
“Não desistiremos. Olhamos para o país, e designadamente para as regiões do país interior, com a completa noção dos problemas e mesmo dos dramas que muitas destas vidas comportam, mas também com a certeza de que é possível um outro rumo”, frisou.
Na sua opinião, “Portugal não está condenado ao declínio, ao atraso, ao marcar passo face a outros países”, apesar dos “tempos muito exigentes” que se vivem.
O líder comunista realçou que “as consequências da epidemia [de covid-19] na vida dos trabalhadores e das populações são reais” e, a estas, se soma “o aproveitamento que o grande capital dela faz e fez para acentuar a exploração e concentrar, ainda mais, a riqueza”.
Tal “ficou uma vez mais demonstrado pelos estudos que afirmam que, enquanto milhões de seres humanos passaram privações incalculáveis, enquanto os que passam fome aumentam a cada dia que passa, os dez multimilionários mais ricos do mundo duplicaram a sua fortuna”, considerou.
Jerónimo de Sousa aludiu também às “repercussões de uma guerra que nunca deveria ter começado”, que “exige um redobrado empenhamento na luta pelo diálogo, pelo cessar-fogo, por uma solução política para o conflito, pela paz”.
“Por muito que isso incomode os que apostam na destruição e na morte, as repercussões são agravadas pelas sanções e pela especulação a que elas dão cobertura, com grave impacto nas condições de vida dos povos”, afirmou.
A tudo isto, acrescentou, “os poderosos deste mundo juntaram-lhe uma fase mais aguda da ofensiva contra as liberdades e a democracia, de tentativa de imposição do pensamento único e de questionamento e mesmo criminalização de quem pensa diferente, e que tem como alvo preferencial” o PCP.
“Temos um partido, como nesta assembleia se viu, ligado à vida, aos problemas, às realidades locais, aos anseios, aspirações e exigências do nosso povo”, garantiu.