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A pneumonia mata em média 16 pessoas por dia em Portugal, país que tem uma das mais elevadas taxas de mortalidade por pneumonia da Europa, alertou hoje a Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
Em comunicado para assinalar o Dia Mundial da Pneumonia, que se celebra a 12 de novembro, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) adiantou que a pneumonia continua a ser a principal causa de mortalidade respiratória no país.
Segundo a mesma fonte, a doença é responsável por, “aproximadamente, 4,2% da mortalidade do país” e apresenta uma das taxas de mortalidade mais elevadas da Europa, “com valores superiores a 57 mortes por 100 mil habitantes”.
De acordo com a SPP, no ano de 2023 foram registados cerca de 5.042 óbitos por pneumonia, um aumento em relação ao ano anterior.
Dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que em 2022 morreram 4.488 pessoas por pneumonia em Portugal, o que representa 3,6% da mortalidade ocorrida nesse ano no país.
“Esta mortalidade elevada está relacionada com o envelhecimento da população, o elevado número de comorbilidades e fatores de risco, como o tabagismo e a imunossupressão”, explicou a médica pneumologista e coordenadora da Comissão do Trabalho de Infecciologia Respiratória da SPP, Pilar Azevedo, citada no comunicado.
A coordenadora acrescenta ainda que a pneumonia “representa um importante problema de saúde pública, dada a sua associação com longos períodos de internamento hospitalar e elevados custos”.
Segundo a SPP, a pneumonia é responsável por cerca de 80 internamentos hospitalares diários, tendo os doentes internados em média 76,8 anos.
A maioria dos doentes “apresenta pelo menos uma comorbilidade e 8,9% têm três ou mais comorbilidades associadas”.
Os grupos de maior risco incluem idosos com idade igual ou superior a 65 anos, crianças (especialmente com idade inferior a dois anos), doentes crónicos, doentes oncológicos em tratamento, fumadores e doentes com história de alcoolismo.
“Estes grupos têm também maior probabilidade de desenvolver complicações graves, como insuficiência respiratória, sépsis e consequente morte, caso a pneumonia não seja tratada precocemente”, sublinhou Pilar Azevedo.
Pilar Azevedo alerta ainda para os principais sintomas a que a população deve estar atenta, entre os quais febre alta persistente e calafrios, tosse produtiva (especialmente com expetoração purulenta, amarelada, esverdeada ou com sangue) e dificuldade respiratória com sensação de falta de ar.
A coordenadora destaca também os sintomas de dor no peito ao respirar fundo ou tossir, cansaço extremo, sudorese intensa, perda do apetite, confusão mental (principalmente em idosos, podendo ser um sinal precoce de gravidade), incapacidade de permanecer ativo e a piora rápida dos sintomas.
Como medidas preventivas para “minimizar o impacto epidemiológico da pneumonia”, Pilar Azevedo recomenda a vacinação antipneumocócica, a vacinação contra gripe anual, a promoção da higiene respiratória e das mãos para diminuir a transmissão, o combate ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool e a educação pública sobre o reconhecimento dos sintomas da pneumonia e a necessidade de recorrer ao médico.