joao azevedo
Delegado à mesa de voto consulta a lista de eleitores para a Câmara Municipal do Porto, 12 de outubro de 2025. Decorrem este domingo as eleições autárquicas em Portugal onde mais de 9,3 milhões de eleitores podem votar. Os eleitores vão escolher os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia, pelo que há três boletins de voto. MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA
expoisção vnbm
Casas Bairro Municipal Viseu 3
casa-habitacao-chave-na-mao - 1024x1024
herdade santiago

No coração do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, há…

21.08.25

Reza a lenda que foi um árabe, há mais de mil anos,…

14.08.25

Seguimos caminho por Guimarães, berço de Portugal e guardiã de memórias antigas….

07.08.25
jose-damiao-tarouca-232
ps campanha
camapnha10
roteiro-caramulo-850x514
RESISTÊNCIA
mercado 2 de maio 1
Home » Notícias » Diário » Sindicato dos Magistrados do MP fizeram rondas pelas comarcas e em Viseu detetaram falta de salas para audição de vítimas

Sindicato dos Magistrados do MP fizeram rondas pelas comarcas e em Viseu detetaram falta de salas para audição de vítimas

Em Viseu, foram colocados apenas 36 magistrados, face a um quadro previsto entre 40 e 43 e cada profissional tem a seu cargo cerca de 850 inquéritos e despacha perto de 40 por dia.

pub
 Sindicato dos Magistrados do MP fizeram rondas pelas comarcas e em Viseu detetaram falta de salas para audição de vítimas
11.10.25
fotografia: Jornal do Centro
partilhar
 Sindicato dos Magistrados do MP fizeram rondas pelas comarcas e em Viseu detetaram falta de salas para audição de vítimas
11.10.25
Fotografia: Jornal do Centro
pub
 Sindicato dos Magistrados do MP fizeram rondas pelas comarcas e em Viseu detetaram falta de salas para audição de vítimas

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) encontrou queixas de “situações críticas” relacionadas com escassez de profissionais, sobrecarga de trabalho e degradação de infraestruturas na primeira ronda de reuniões plenárias por quatro das 23 comarcas do país.

Num primeiro balanço das quatro reuniões plenárias realizadas na quarta e quinta-feira nas comarcas de Santarém, Leiria, Coimbra e Viseu, os relatos foram bastante negativos, temendo o SMMP que estas situações se arrastem nas restantes comarcas e devido às deficiências encontradas estejam em causa os serviços prestados aos cidadãos.

Estes encontros marcaram o arranque de um ciclo de plenários que abrangerá todas as comarcas do país para “identificar os principais obstáculos estruturais e operacionais que comprometem a atividade do Ministério Público (MP) e o regular funcionamento dos tribunais”.

No final do ano será elaborado um “caderno reivindicativo” para entregar ao Governo.

Segundo o sindicato, na comarca de Santarém, os problemas “são particularmente graves” devido à degradação das infraestruturas, com infiltrações, ausência de climatização e temperaturas extremas, o que “inviabiliza a realização de diligências em condições dignas”. 

O SMMP explica que em tribunais como Benavente, Almeirim, Torres Novas e Santarém, há salas de audiência que atingem os 40.ºC no verão, sem qualquer sistema de ar condicionado, obrigando magistrados e funcionários a recorrer a equipamentos adquiridos por iniciativa própria.

“A segurança dos edifícios é igualmente preocupante”, com vários tribunais a operar sem vigilância privada, “expondo profissionais e utentes a riscos evitáveis”.

Soma-se a escassez de recursos humanos, com um défice superior a 14% de Oficiais de Justiça, que ultrapassa os 20% quando se considera o absentismo prolongado, sendo o cenário agravado pela média etária e o número crescente de reformas previstas.

O SMMP alerta ainda para a sobrecarga de trabalho, especialmente em áreas como os crimes informáticos, onde os magistrados acumulam funções técnicas e administrativas sem qualquer apoio, considerando que “a indefinição quanto à manutenção de lugares auxiliares e o não preenchimento de lugares efetivos geram instabilidade e comprometem a gestão processual”. 

“A ausência de formação específica para os Oficiais de Justiça obriga os magistrados a executar atos delegáveis, aumentando a pressão e diminuindo a eficiência do sistema”, argumenta a estrutura sindical.

Em Leiria, a informação recolhida indica que apesar de o quadro prever entre 53 e 56 Procuradores da República, foram colocados apenas 49 magistrados no movimento de 2025/2026, tendo “cada um a seu cargo cerca de 850 inquéritos, com uma média de 40 conclusões diárias para despacho – o que se traduz em apenas 10 minutos por processo”, refere o SMMP.

Na comarca de Coimbra, “a situação é igualmente crítica”, pois o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) funciona num edifício partilhado com serviços comerciais e clínicos, como um cabeleireiro, consultório dentário e clínica de cardiologia, “comprometendo a reserva exigida à atividade do Ministério Público”. 

“A falta de espaço obriga magistrados a partilhar gabinetes, dificultando diligências sensíveis”, enquanto o tribunal da comarca permanece em projeto há vários anos, sem qualquer obra iniciada, explica. 

De acordo com os dados recolhidos, cada magistrado gere cerca de 1.000 inquéritos – com cerca de 200 entradas mensais – e despacha entre 40 a 50 por dia. 

Já em Viseu, foram colocados apenas 36 magistrados, face a um quadro previsto entre 40 e 43 e cada profissional tem a seu cargo cerca de 850 inquéritos e despacha perto de 40 por dia. 

O SMMP aponta que as instalações são razoáveis para os magistrados, mas inadequadas para inquirições, pois faltam salas para audição de vítimas, obrigando à criação de escalas internas. 

O DIAP “não dispõe de meios tecnológicos para diligências à distância, como computadores, sistemas de vídeo e som ou leitores digitais” e a elevada rotatividade nos tribunais de primeiro acesso [para magistrados] impede a formação de equipas coesas”.

O SMMP afirma que vai prosseguir com os plenários nas restantes comarcas e “receia que o cenário encontrado nas primeiras quatro visitas seja representativo de uma realidade nacional”. 

No culminar deste ciclo de encontros, que deverá ser até ao final de dezembro, o SMMP afirma que irá elaborará “um caderno reivindicativo com propostas concretas, a apresentar à tutela, exigindo medidas urgentes”, como “o reforço dos recursos humanos, requalificação das infraestruturas e garantia de condições dignas para o exercício da atividade do Ministério Público.

pub
 Sindicato dos Magistrados do MP fizeram rondas pelas comarcas e em Viseu detetaram falta de salas para audição de vítimas

Outras notícias

pub
 Sindicato dos Magistrados do MP fizeram rondas pelas comarcas e em Viseu detetaram falta de salas para audição de vítimas

Notícias relacionadas

Procurar