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A soprano Elizette Bayan, que nasceu em Viseu e se destacou em palcos nacionais como o Teatro Nacional de São Carlos e em palcos internacionais, morreu esta quinta-feira (29 de maio) em Lisboa, aos 86 anos, disse à agência Lusa um familiar.
A cantora estreou-se em 1967, no papel de Rosina, na ópera “O Barbeiro de Sevilha”, de Rossini, na então Companhia Portuguesa de Ópera, no Teatro da Trindade, em Lisboa.
“A primeira vez que eu cantei com orquestra foi em Coimbra, aos 10 anos de idade. […] E depois, desde aí, francamente nunca mais parei”, disse, numa entrevista à Antena 2, em 2000.
Ao longo da carreira, a soprano foi distinguida com diferentes galardões, tendo recebido do Presidente da República Jorge Sampaio a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
De acordo com a biografia disponível online na Meloteca, Maria Elizette de Magalhães Melo Bayan nasceu em Viseu a 28 de outubro de 1938 e iniciou estudos de piano e canto com a mãe, prosseguindo os de Canto no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, depois no Mozarteum, em Salzburgo, e na Academia Musical Chigiana, em Siena, tendo sido bolseira da Fundação Gulbenkian em Milão.
A mesma biografia refere que foi aluna, entre outros, de Anna Biermann, Rosário Coelho, Liselotte Egger, Viorika Krauss Ursuleac, Paul von Schilhawsky, Robert Wagner e Gino Bechi.
Em 1969, num concurso internacional, em Salzburgo, na Áustria, foi escolhida para participar na Semana Mozart, onde cantou sob a direção do maestro Kurt Prestei, récita que apresentou também em Bruxelas e em Gante, na Bélgica.
A soprano cantou com nomes como Plácido Domingo, José Carreras, Alfredo Kraus, Renato Bruson, Álvaro Malta, entre outros.
Em Paris, atuou na Radiotelevisão Francesa (RTF) e no Centro Cultural Português, sob a direção de Michel Corboz.
Em Portugal, participou em vários concertos de música sacra, sob a direção de maestros como Gianfranco Rivoli, Corboz e Werne Andreas Albert, quer nos Festivais Gulbenkian quer na Sé de Lisboa.
Elizette Bayan estreou a cantata “D. Garcia”, de Joly Braga Santos, em 1971, no Festival de Vilar de Mouros.
A soprano portuguesa protagonizou variadas óperas em Portugal e no estrangeiro, como “La scala di seta”, de Rossini, na Wiener Kammeropera.
Um dos pontos altos da sua carreira foi no Teatro Massimo Bellini, em Itália, na ópera “Os Puritanos”, de Bellini, sob a direção do maestro Andreas Werner, onde bisou a ária “Qui la voce sua soave…”.
O velório da soprano realiza-se hoje a partir das 17h00, na Igreja dos Santos Reis Magos, em Lisboa. Também ali decorre esta sexta-feira (dia 30), a partir das 14h15, a missa de corpo presente, seguindo o funeral para o Cemitério dos Olivais, onde às 16h00 se realiza a cerimónia de cremação, disse a mesma fonte.