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Verde e branco. Foi assim que o Rossio, em Viseu, ficou esta noite. Mal deu o apito final no jogo entre o Sporting e o Boavista e todos os caminhos foram dar à Praça da República onde se juntaram milhares de sportinguistas para festejar o título, 19 anos depois. Alguns deles, tinham ainda meses quando a sua equipa de coração foi, pela última vez, campeã.
É o caso de André Ribeiro. Tinha três meses. Não se lembra, mas o pai João fez questão de lhe dizer que “mesmo quase”, o que importa “é acreditar”. “E este ano foi possível e o campeonato foi bem entregue. Foi entregue a uma equipa unida e com uma boa liderança, desde o presidente ao treinador”, gritou, enquanto saltava e cantava “nos somos campeões”.
E esta é uma frase que alguém teria gostado de gritar dentro de campo. Não conseguiu, mas festeja cada vitória do Sporting como a primeira. Chama-se Leal e foi o número 6 do Sporting, clube que representou entre 1989 e 1994. “Não tive a felicidade de ser campeão. Eram tempos difíceis, vivíamos a chamada década da fruta, mas estou feliz. O Sporting é um dono vencedor. Hoje tenho a certeza que há muitos benfiquistas e portistas felizes com esta conquista”, confessou.
Não há segredos para esta vitória, antes um conjunto de factores diz o ex-jogador. Mas, houve algo que fez o “clique” da mudança: “Onde vai um vão todos. Esta é a frase que define tudo e estão de parabéns os jogadores, o treinador e, especialmente, o presidente”, assinalou. E para Leal, Coates foi também uma das peças mais importantes na forma como o campeão se apresentou no campeonato.
Há quem já andasse há, pelo menos, 19 anos a dizer “é agora”. Hélder Amaral, ex-deputado do CDS e sportinguista conhecido, foi um deles, mas nem mesmo assim convenceu os dois filhos a serem do Sporting. “Este título é dedicado a tantos e tantos jovens que estão nos 18, 19 anos que não conheciam esta experiência e, ainda assim, mantiveram-se fiéis a sofrer com fé e confiança”, atirou.
Segundo as contas da PSP de Viseu, no Rossio estiveram cerca de 3.500 sportinguistas. A maioria jovens. Bandeiras, cachecóis, camisolas, casacos, bonés… tudo o que era verde e branco serviu para marcar a alegria dos adeptos que, mesmo em tempo de pandemia, disseram ter “desculpa” para celebrar uma conquista “atrasada 19 anos”.
A festa, com menos pessoas, durou ainda longas horas até a voz acabar.