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A equipa portuguesa Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua esteve em destaque na 62.ª edição da Vuelta a Venezuela, uma prova por etapas inscrita no calendário da UCI (União de Ciclismo Internacional). Ao longo de várias regiões do país sul-americano, os ciclistas enfrentaram condições desafiantes, desde etapas duras, temperaturas elevadas e uma logística exigente, mas também encontraram um público vibrante e entusiasta que fez da competição uma verdadeira festa do ciclismo.
A formação portuguesa conquistou vitórias de etapa, pódios e prestações consistentes, reforçando o seu estatuto como uma das equipas de referência no desenvolvimento de jovens talentos e na afirmação internacional do ciclismo nacional.
Entre esses jovens, Guilherme Lino destacou-se pela maturidade com que viveu a experiência. O ciclista, que deu o salto do escalão júnior para o pelotão nacional com a Tavfer, descreveu a participação na prova como “uma das experiências mais marcantes da carreira”, salientando a energia contagiante do público venezuelano:
“As ruas cheias de crianças, famílias e adeptos criavam uma atmosfera única em cada etapa.” Lino também sublinhou a importância dos desafios enfrentados: “O calor intenso, o terreno exigente e a logística de deslocamentos foram desafios diários, mas cada quilómetro foi uma lição sobre resiliência, estratégia e espírito de equipa.”
Outro elemento da formação, Gonçalo Carvalho, destacou o profissionalismo da organização e o acolhimento do povo venezuelano:
“Fiquei surpreendido com a organização da prova e com o sentimento de segurança. Os venezuelanos foram muito acolhedores.”
Comparando o pelotão local com o europeu, Carvalho notou algumas disparidades, mas também sinais de crescimento:
“Há equipas com bom e mau equipamento, o que torna a luta desigual, mas nota-se evolução. Estar no escalão 2.2 é um passo importante para atrair equipas fortes e dar mais visibilidade ao ciclismo venezuelano.”
O grande herói da casa foi Leangel Linarez, venezuelano que corre pela Tavfer, protagonista de duas vitórias de etapa e figura central nos sprints. Emocionado, descreveu o orgulho de correr em solo natal:
“Correr em casa, com o apoio da minha família e amigos, foi indescritível. Sentia o carinho do público em cada quilómetro.”
Linarez dedicou as vitórias à equipa e destacou o crescimento do ciclismo no seu país. “Foi um sonho tornar-me vencedor da Volta à Venezuela com a Tavfer. O ciclismo venezuelano tem paixão e talento, e acredito que pode chegar ainda mais longe.”
Além das conquistas de Linarez, a Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua celebrou também o triunfo de César Martingil na etapa inaugural e a vitória de Rafael Barbas no contrarrelógio individual da sexta etapa — momentos que confirmaram a força coletiva da equipa.
“Levo comigo memórias que nunca vou esquecer. As vitórias, os abraços, as crianças a pedirem autógrafos, a emoção dos meus pais. Foi mágico”, recordou Linarez, emocionado.