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Três centenas de músicos vão estar, durante o mês de abril, nos vários palcos do 15.º Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu, que retomará os concertos com público, após duas edições condicionadas pela Covid-19.
Apesar da pandemia, o festival não parou e os músicos, “que tanto sofreram naquele período”, conseguiram fazer o seu trabalho e “levá-lo às pessoas, mas as pessoas estavam em casa”, lembrou esta terça-feira (22 de março) o diretor artístico, José Carlos Sousa, em conferência de imprensa.
“Não é a mesma coisa nem para os músicos que estão no palco e veem a sala sem ninguém, nem para as pessoas que estão em casa. Mas foi a forma possível”, frisou.
Entre 2 e 29 de abril, já será possível assistir presencialmente a 19 concertos, que envolvem cerca de 300 músicos (a maior parte deles das orquestras), em representação de países como Brasil, Argentina, China, Eslováquia, Grécia, Espanha, França, Itália e Portugal.
Segundo José Carlos Sousa, será a primeira vez que se juntam seis orquestras numa edição do festival, nomeadamente Orquestra Juvenil de Viseu (dia 10), Orquestra de Saxofones do Dão (dia 13), Pangea e Orquestra Poema (dia 14), Orquestra Filarmónica Portuguesa (dia 22), Orquestra Filarmónica das Beiras e Quarteto do Rio (dia 24) e Orquestra XXI (dia 29).
O responsável disse aos jornalistas que os concertos das orquestras se realizam na Aula Magna do Politécnico de Viseu, à exceção do marcado para o dia 22, que, atendendo ao número de músicos, ocorrerá no ginásio da Escola Secundária Emídio Navarro.
Aproveitando a presença na conferência de imprensa da vereadora da Cultura, Leonor Barata, José Carlos Sousa pediu-lhe que a autarquia avance “muito rapidamente” com o prometido Centro das Artes e do Espetáculo de Viseu, uma vez que a cidade não tem uma sala que permita acolher uma orquestra de maior dimensão.
“O Teatro Viriato não tem boca de cena. É uma sala muito bonita e funciona muito bem para algum tipo de música e outros espetáculos, mas, para ter uma orquestra, não temos palco em Viseu. Portanto, o centro de artes será muito bem-vindo e, se pudermos avançar muito rapidamente com a obra, seria extraordinário porque vamos precisar dela”, disse.
Segundo Leonor Barata, a criação do Centro de Artes e do Espetáculo ainda está a ser estudada “para que, de alguma coisa, se possa tornar uma realidade o mais brevemente possível, mas a verdade é um dossiê complexo que exige ponderação e, sobretudo, definição exata do que se pretende e do que vai ser”.
No dia 22 de abril, a Orquestra Filarmónica Portuguesa tocará “três estreias de obras de compositores portugueses, que foram encomendadas em parceria com a Miso Music Portugal”, avançou José Carlos Sousa.
As obras em estreia são “Naked Lunch”, de Sara Carvalho, “La Transfiguration de l’Impossible”, de Miguel Azguime, e “As sete trombetas e a nova Jerusalém”, de José Carlos Sousa.
O diretor artístico congratulou-se por, no dia 24, finalmente se realizar o concerto da Orquestra Filarmónica das Beiras e do Quarteto do Rio, adiado dois anos por causa da pandemia, que impedia a viagem dos músicos do Brasil para Portugal.
A programação do festival inclui também concertos de solistas, duos e trios. Entre os solistas internacionais encontram-se os guitarristas Carlo Curatolo e Élia Portarena (de Itália) e Karol Samuelcik (da Eslováquia) e o pianista Qing Li (da China).
José Carlos Sousa destacou ainda a realização do quinto Concurso Internacional de Guitarra, cuja final está marcada para o dia 9, com um painel de jurados oriundos de Portugal, Espanha, França, Grécia e Eslováquia.
“Infelizmente, concorrentes portugueses ainda não temos quantidade e qualidade para termos muitos a chegar à final”, lamentou, contando que “este ano está um na meia-final”.
O festival manterá a aposta na formação, com masterclasses e workshops destinados a estudantes e profissionais de música nas áreas do piano, do clarinete, do violino e da guitarra, e os habituais concertos pedagógicos em escolas e outras instituições da cidade.
O orçamento do 15.º Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu é de cerca de 150 mil euros, estando ainda por definir o valor a atribuir pela autarquia.
A vereadora Leonor Barata frisou que o festival é um dos eventos âncora da programação da cidade, que “são fundamentais, porque permitem ter uma dinâmica coerente e constante da atividade cultural”.