No coração do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, há…
Reza a lenda que foi um árabe, há mais de mil anos,…
Seguimos caminho por Guimarães, berço de Portugal e guardiã de memórias antigas….
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Joaquim Alexandre Rodrigues
1. O anti-vacinismo não é coisa nova. Mal a Inglaterra avançou para a vacinação obrigatória contra a varíola, em 1853, logo apareceram várias “ligas anti-vacinação” dirigidas por médicos atingidos nos seus rendimentos.
Esses “anti” não conseguiram impedir que, depois daquela primeira vitória contra um vírus, as vacinas tivessem um desenvolvimento extraordinário. Um exemplo bem conhecido é o da erradicação completa da varíola em vinte e um anos (1959-1980), através de um programa de vacinação global coordenado pela Organização Mundial de Saúde. Naqueles tempos, ser anti-vacinas (antivaxxer, como se diz “em estrangeiro”) era coisa residual, coisa de hippies, de malta new-age que se holisticava nas “medicinas” alternativas enquanto dançava à roda das fogueiras. Não vinha dali grande mal ao mundo.
Infelizmente, um “estudo” do médico Andrew Wakefield, publicado em 1998 e com ampla circulação online, que fazia uma falsa correlação entre a vacina do sarampo e o autismo, multiplicou os antivaxxers, criou um problema de saúde pública.
Há cada vez mais surtos de sarampo, há cada vez mais maluquinhos das teorias “conspiranóicas” que embarcam em tudo o que é anti-científico. Estamos assim. Aliás, piores do que assim. O actual boss da saúde nos EUA, o sr. Robert Kennedy Jr., é anti-vacinas. E, mal tomou posse, Donald Trump retirou o seu país da OMS. Oxalá não haja nenhuma pandemia global nos próximos anos.
2. A Zona é uma doença incapacitante que, entre Julho de 2023 e Junho de 2024, atingiu 62.985 adultos que tiveram de recorrer ao sistema de saúde, houve centenas de internamentos (duas semanas em média no hospital), muito sofrimento e um custo total superior a 10 milhões de euros.
Ora, esta desgraça, que atinge acima de tudo os velhos, podia e devia ser evitada. Há uma vacina eficaz que imuniza durante onze anos e que já integra os planos de vacinação de Espanha, Itália, França, Grécia, Suíça, Luxemburgo, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, Polónia, Alemanha, Eslovénia e Chipre. Infelizmente, por cá, muita conversa, zero decisões. Os políticos preferem gastar o tempo em eleições da treta. De que é que estão à espera para incluir a vacina contra a Zona no Programa Nacional de Vacinas?
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João Ferreira da Cruz
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Clara Gomes, pediatra no Hospital CUF Viseu
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Ricardo Almeida Henriques
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Joaquim Alexandre Rodrigues