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A Visabeira Indústria lançou esta quarta-feira (6 de agosto) uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) da totalidade das ações representativas do capital social da Martifer.
A operação avança depois de, em outubro do ano passado, o grupo de Viseu ter anunciado um acordo para adquirir 24% da empresa metalomecânica de Oliveira de Frades num negócio feito com os irmãos Carlos e Jorge Martins, fundadores da Martifer. O investimento foi estimado em 38,4 milhões de euros.
No anúncio preliminar desta oferta, divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Visabeira explica que a oferta é geral e obrigatória após o grupo ter celebrado um acordo de acionistas com a I’M SGPS (empresa holding dos irmãos Martins) e a Mota-Engil (construtora que também detém uma participação na Martifer) em relação aos termos e condições que deverão regular as relações enquanto acionistas da Martifer.
A contrapartida oferecida por ação “é igual ou ligeiramente superior ao preço médio ponderado das ações apurado em mercado regulamentado nos seis meses imediatamente anteriores à data da publicação deste anúncio preliminar (a saber, é de 2,057 euros por ação – arredondado para cada acionista, se necessário, para o cêntimo imediatamente superior – ou de 2 euros por ação, consoante tais seis meses incluam ou não a presente data)”, adianta a Visabeira.
Na sequência deste anúncio, o Conselho de Administração da CMVM determinou hoje a suspensão da negociação das ações da Martifer, “com o propósito de assegurar que o mercado absorve a informação divulgada pela emitente”.
Em junho, a CMVM concluiu que a Visabeira não estava obrigada a lançar uma OPA sobre a Martifer, dizendo que lhe tinha sido solicitado que “considerasse afastado o dever de lançamento de OPA”, na sequência da celebração de acordos destinados a regular os termos da entrada da Visabeira no capital da Martifer.
Nessa altura, a CMVM concluiu que foi apresentada “prova suficiente de que os termos desses acordos não conferem à Visabeira o poder de exercer influência dominante sobre a Martifer, não se verificando, por isso, os pressupostos legais que determinariam a obrigação de lançamento de uma OPA”.
O negócio acabou por não ser concretizado com a sua substituição pelo acordo agora celebrado pelos três grupos – I’M, Visabeira e Mota-Engil – que obrigou ao lançamento da OPA sobre o “free float” (capital disperso em bolsa) da Martifer, que representa 12,6%. Se o resultado da OPA chegar aos 90%, “a oferente exercerá o direito de aquisição potestativa, o que resultará na exclusão das ações da admissão à negociação no mercado regulamentado com efeitos imediatos”, pode ler-se no anúncio preliminar. O acordo de acionistas também terá de passar pelo crivo da Autoridade da Concorrência.
Já em outubro último, aquando do anúncio da entrada da Visabeira na Martifer, a I’M SGPS revelou que, além do contrato de compra e venda de ações, também foi assinado um acordo parassocial “que regerá as respetivas relações enquanto acionistas” na Martifer. A I’M adiantou ainda que a eficácia dos contratos assinados com a Visabeira estava “dependente de condições”, incluindo o facto de não haver obrigação de lançar uma oferta pública de aquisição sobre o grupo de Oliveira de Frades, que está cotado em bolsa.
Com essa operação, a I’M e a Visabeira passaram a deter 24% cada da Martifer. Já a construtora Mota-Engil passou a ser a principal acionista com 37,5%.
A Martifer fechou as contas de 2024 com uma subida superior a 20 por cento no volume de negócios para os 264,5 milhões de euros e com o maior lucro dos últimos 15 anos: um resultado liquido de 23 milhões de euros. A carteira de encomendas fixou-se em quase 700 milhões de euros. Já a Visabeira, que atingiu no primeiro semestre deste ano um volume de negócios de mais de 1,3 mil milhões de euros, é dona de empresas industriais como a Vista Alegre, a Mob e a Pinewells.