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Fiéis da Paróquia de Britiande, na Diocese de Lamego, estão indignados com o comportamento do pároco local, a quem acusam de celebrar missas e outras cerimónias religiosas “visivelmente embriagado”. O caso foi já denunciado ao Arciprestado e à Cúria Episcopal que diz estar a acompanhar a situação e encontrar a melhor solução quer para os paroquianos, quer para o sacerdote.
De acordo com denúncias recebidas no Jornal do Centro, o sacerdote tem-se apresentado em diversas ocasiões com “sinais evidentes de embriaguez”, incluindo instabilidade física, discurso incoerente e, por vezes, “odor intenso a álcool”. Estas situações terão ocorrido não apenas em eucaristias dominicais, mas também em celebrações particularmente sensíveis, como funerais, dizem os paroquianos.
De acordo com um dos fiéis, que optou pelo anonimato, um dos episódios ocorreu recentemente, durante uma cerimónia fúnebre, onde o pároco se encontrava, segundo testemunhos, “completamente inapto para presidir ao ato religioso”. A situação obrigou à intervenção de outro sacerdote, chamado à última hora para garantir a celebração “com a dignidade mínima exigida”. “A família enlutada ficou profundamente abalada com o sucedido”, contou a mesma fonte.
Segundo os paroquianos, este não é um caso isolado. Há vários relatos de situações semelhantes, que se “têm vindo a repetir ao longo do tempo, gerando mal-estar, indignação e uma sensação de abandono por parte da hierarquia eclesiástica”.
“Estamos perante uma situação que fere profundamente a nossa fé e o respeito pela liturgia. A Igreja deve ser um espaço de consolo, não de desconforto ou escândalo”, afirma um membro da comunidade local.
Contactado pelo Jornal do Centro, fonte da Diocese confirmou que a situação está sinalizada e o sacerdote a ser acompanhado. “Estamos a procurar a solução mais conveniente, tanto para os paroquianos como para o senhor padre, que também está a passar por uma fase difícil. O caso não está a ser ignorado, está a ser seguido com o cuidado que merece”, esclareceu o monsenhor Joaquim Dias Rebelo.
O vigário-geral da Diocese de Lamego disse, ainda, que quer o arciprestado, quer a própria Diocese já falou com os fiéis e com o padre. “Até já se falou com o médico, tudo isso já foi feito”, reforçou. “Ainda ontem falei com algumas pessoas da comunidade. Estamos atentos e a tomar medidas. Naturalmente ainda não foi tomada uma decisão definitiva, mas com certeza que, oportunamente, isso acontecerá”, acrescentou.
Os fiéis apelam a que a “ordem seja reposta” para que “a comunidade seja guiada por líderes espirituais que vivam com dignidade, sobriedade e respeito pela missão que lhes foi confiada”.