Comícios, feiras, panfletos, quilómetros percorridos e muitas promessas. Termina a campanha

Saúde, infraestruturas, jovens, comícios, ensino superior, encontros com militantes e feiras. Foram muitos os quilómetros feitos pela AD no distrito de Viseu na campanha que termina esta sexta-feira. O último dia foi dedicado os concelhos de Tarouca e de Penalva do Castelo.

Em jeito de balanço, a comitiva liderada por Leitão Amaro destaca o “grande comício de arranque” que aconteceu com a presença de Luís Montenegro e o encontro que reuniu centenas de militantes e apoiantes em Sernancelhe. 

Entre conversas e batalhas, ficou a mensagem de que “é hora de dar espaço a quem quer e sabe liderar Portugal” como se lia nos milhares de panfletos distribuídos nas últimas duas semanas. 

Os mesmos temas foram abordados pelo PS que também andou pelo comércio local, pelas empresas e por muitas aldeias do distrito onde se pediu para “se votar no partido que defende os direitos, a abolição das portagens no interior, as pensões e as famílias”.

Liderados por Elza Pais, os socialistas levaram “a voz da mudança” aos 24 concelhos do distrito de Viseu, terminando o dia no Sátão. O apelo mais ouvido foi para que “não se desperdice o voto”.

Duas semanas de “boas energias”, relataram muitos dos que percorreram centenas de quilómetros.

E na recta final, mas com esperança, o líder distrital do Chega, João Tilly, diz que o partido pode eleger o terceiro deputado.

O candidato fala em muitas conversas com militantes e simpatizantes que pedem a mudança, mas é nas redes sociais que João Tilly “aposta as fichas”, através do seu canal no YouTube. Da saúde à agricultura, passando pelas acessibilidades e segurança, o candidato falou das “promessas que não foram cumpridas”.

Já o Bloco de Esquerda, diz que foram muitos os temas abordados, mas que há um que vai continuar e que é a “campanha pelo respeito pelos trabalhadores por turnos e nocturnos que começou antes das eleições e vai continuar depois das eleições”.

Para o cabeça de lista, David Santos, “o acesso à saúde, ao direito à habitação, à defesa do salário, à garantia da mobilidade, são bens que devem ser acessíveis a toda a gente independentemente das suas carteiras”. Esta foi uma das mensagens deixadas pelos bloquistas no último dia.

Um pouco diferente, a Iniciativa Liberal optou por lembrar que em todas as eleições são “perdidos centenas de milhar de votos que não contribuem para eleger nenhum deputado”.

“PS e PSD têm limitado a liberdade política dos portugueses ao não permitirem uma reforma do sistema eleitoral que faça com que todos os votos contem, o mais básico de um sistema democrático justo. A Iniciativa Liberal quer um círculo de compensação de 30 deputados para que todos os portugueses possam votar em plena liberdade das suas convicções em todo o lado”, lançou João Antas de Barros.

A CDU encerrou a campanha para as legislativas com uma arruada na Rua Formosa, em Viseu. O cabeça de lista da coligação PCP – PEV fez um ‘balanço francamente positivo’ dos dias de campanha no distrito. “Grande parte da população está cansada de eleições, mas está, sobretudo cansada daquilo que são as dificuldades do dia a dia. Dizem-nos que há muito mais mês do que salário. A questão dos rendimentos é um tema fulcral. Mas também nos abordam com a questão dos impostos, nomeadamente os da energia, eletricidade, consumo. É preciso contrariar a ideia de que é uma fatalidade viver nestes territórios’, assinalou Alexandre Hoffmann.

A AD venceu as últimas legislativas em Viseu e elegeu três deputados. Obteve 36,36 por cento da votação, ou seja 76.927 votos. O PS teve 27,45 %, 58.077 votos e elegeu também três deputados. O Chega teve dois deputados eleitos e 19,45 por cento da votação com 41.159 votos.