Andores com imagens à escala humana são atração na peregrinação ao Santuário dos Caminhos

O Santuário de Nosso Senhor dos Caminhos, na Paróquia de Romãs, concelho do Sátão, volta a ser palco de uma das maiores manifestações de fé e tradição da região, reunindo, no próximo dia 15 de junho, milhares de peregrinos vindos de vários pontos do país. A tradicional romaria, considerada a maior da Diocese de Viseu, celebra-se anualmente no Domingo da Santíssima Trindade.

O ponto alto da celebração religiosa será a Eucaristia solene, presidida pelo Bispo de Viseu, D. António Luciano, às 14h00, no exterior do Santuário, perante a habitual moldura humana que preenche por completo o recinto.

Às 13h00, tem início a imponente procissão, que percorre cerca de um quilómetro desde a povoação de Rãs até ao Santuário, acompanhada pela Banda Filarmónica do Sátão.

A procissão distingue-se pela grandiosidade dos seus andores, com imagens à escala humana que retratam momentos marcantes da vida de Cristo, desde a Anunciação até ao Calvário. Este ano, a romaria conta com uma novidade: um novo andor representando o Batismo de Jesus, inspirado numa imagem exposta na Diocese de Milão e agora mandada executar em Fátima. “Faltava esse momento na nossa procissão e acreditamos que será um atrativo extra para os peregrinos”, refere o padre António José Rodrigues, Pároco de Romãs.

A organização espera a participação de sete a oito mil fiéis, número que poderá crescer, uma vez que a afluência tende a ser maior quando a celebração ocorre entre maio e início de junho. “Há quem venha todos os anos, outros pela primeira vez, mas a verdade é que quem participa gosta sempre de regressar”, salienta o pároco.

Além do caráter religioso, o evento tem também um lado festivo, com arraial popular, feira tradicional e zonas de lazer preparadas para receber os visitantes. O Santuário e a área envolvente têm sido alvo de constantes melhorias, garantindo melhores condições de acolhimento aos peregrinos e visitantes.

A romaria de Nosso Senhor dos Caminhos, com origens na segunda metade do século XIX, começou junto a um pequeno nicho em honra de um benfeitor local que auxiliava os viajantes e peregrinos que passavam por ali. Atualmente, é um verdadeiro cartão de visita do concelho do Sátão e um dos momentos de maior expressão popular e religiosa da Diocese de Viseu.