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O festival literário “A Gente (Não) Lê”, está de volta a S. Pedro do Sul. Acontece nos dias 6 e 7 de setembro e, segundo a organização, “depois do sucesso da edição de estreia dedicada ao livreiro e visionário José Pinho, natural da região e que ainda ajudou o festival a nascer, este ano a edição tem como palavra-chave Resistir”, propondo uma reflexão urgente e atual através de conversas, documentários, leituras encenadas, caminhadas poéticas, oficinas tradicionais e momentos musicais.
“O último festival literário que José Pinho ajudou a fazer surgir com o mesmo sentido de impossível que marcou a sua vida e que o evocará a cada edição, está a ser preparado por toda a aldeia de Manhouce. Fazer acontecer esta aventura rural é, por si só, um ato de resistência. Ou de loucura. Ou os dois. Tanto um como o outro nos servem bem”,realça Marisa Araújo, dinamizadora do festival.
A dinamizadora admite que a palavra não foi escolhida ao acaso e que “sim”, é um festival literário “político”. “É interventivo. É para pensar e agir sobre o mundo. Ler é resistir. Escrever é resistir. Sempre assim foi e assim continuará a ser”, esclarece.
A programação abre no sábado, 6 de setembro, com oficinas de pão e manteiga artesanal, uma caminhada poética pelas margens do rio Teixeira e uma prova de sabores locais. Ao longo do dia, terão lugar conversas sobre literatura, resistência e feminismo, a exibição do documentário “Mulheres e Resistência”, uma mesa-redonda com Isabel do Carmo e Rita Rato, e a leitura encenada da peça “O Homem da Bicicleta”, de Jaime Gralheiro.
No domingo, 7 de setembro, o festival prossegue com nova caminhada poética, uma oficina de folclore e canto com o Rancho de Manhouce, confeção de fritas de mel e duas conversas centradas na resistência e no poder da fotografia como testemunho histórico. Um dos momentos mais aguardados é o Duelo Poético, que este ano coloca frente a frente duas figuras: Nicolau Santos e Fernando Alvim, num confronto de palavras marcado pelo humor e pela imprevisibilidade. O dia termina com uma homenagem a José Pinho, o livreiro que faleceu em 2023 , e com um concerto intimista de Gisela João.
A pensar nos mais novos, o festival conta também com programação infantil permanente, organizada em parceria com a Biblioteca Municipal de São Pedro do Sul, com sessões de contadores de histórias, oficinas de ilustração e de criação de marcadores de livros.
Outra das marcas distintivas do evento é o “Livro Conduto”, uma iniciativa que convida participantes e convidados a trazerem livros para troca. As obras são reunidas na Escola Primária e, ao longo do festival, podem ser levadas por quem delas se interessar. Os exemplares que sobrarem revertem para a Biblioteca de Manhouce.