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por
Filipe André
Autárquicas à porta, mais umas eleições. Nunca são umas quaisquer, e muito menos agora.
Certo e sabido que estamos assoberbados por ditadores insanos.
Muitas vezes, nos meus momentos de tédio, ao invés de me agarrar à maestria hedionda da ludibriação da comunicação, observo o mundo colossal a partir dos meus pequenos botões, e a primeira reação é aniquilar os meus pensamentos, de tão perturbáveis que se me afiguram.
Dou por mim a pensar como é possível, em 2025, ainda por aí proliferar gente que consegue assumir países, cidades, vilas e aldeias, mas também instituições e organizações sem o mínimo crivo, e mais tarde se percebe o quanto alguns deles são maquiavélicos, e primorosos estudos de caso para a psiquiatria.
Precisamos de falar de Trump ou Putin? Infelizmente acho que não precisamos ir tão longe. Há sempre alguém que conhecemos em cargos com tiques semelhantes.
Tempos idos, de ditadura Portuguesa, relembro as épocas em que cidadãos e algumas cidadãs, apesar de amordaçadas, e em máximo sigilo, utilizavam as praças e largos para o fundamental debater de ideias e trocas de opinião acerca deste político ou daquele, acerca daquele dirigente ou uma outra figura que entoasse interesse.
Era por norma nas praças, largos e outros espaços públicos, que por via do tédio se procurava um banco de jardim ou outro poiso. Lembro-me de em tenra idade, antes da era digital, o relógio ser o maestro dos encontros. Marcava-se a hora e quem chegasse primeiro, esperava. Enquanto não chegava esse alguém, matávamos o tédio a pensar, a distrairmo-nos, como por exemplo eu ainda gosto de fazer, pensando e falando para os meus botões.
Aviso-vos desde já, e nunca pensei dizer isto, que não quero morrer de tédio por o tédio já quase não existir. Como assim perguntam os leitores?
Respondo. Como aludi, o tédio obrigava-nos a pensar na vida, a olhar para ela pelo menos. E muitas vezes esse tédio, se nos debruçarmos sobre ele, percebemos que é essencial, pois aclara ideias próprias, e muito pouco manipuladas, porque o fenómeno ditatorial da arte de ludibriar ao segundo o cidadão através da comunicação, por e simplesmente não existia. Não havia um aparelho cheio de imagens e vídeos, com opiniões de pseudointelectuais ao segundo e em todo lado como se de ervas daninhas se tratassem.
Tínhamos espaço para pensar, analisar, e os pseudo “opinion makers” éramos nós próprios, com uma diferença, era sem o “pseudo” atrás. Corrijo. Ainda pode ser assim, aliás deve ser assim. Basta matarmos o tédio, com o contributo certo para que não morra.
Terminando, permitam-me que vos faça o seguinte apelo: pratiquem muito o vosso tédio antes de votarem, a não ser que queiram dar ainda mais trabalho à psicologia e psiquiatria, e não se deixem manipular por alguém que utiliza a comunicação como apêndice de uma qualquer estratégia ditatorial. Nem sempre atrás da melhor frase, vem a melhor intenção. Que ganhe sempre o melhor.
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