No coração do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, há…
Reza a lenda que foi um árabe, há mais de mil anos,…
Seguimos caminho por Guimarães, berço de Portugal e guardiã de memórias antigas….
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
1. O PSD ganhou no domingo, acima de tudo, por três razões:
— o alívio fiscal promovido por Montenegro reconciliou as classes médias com o partido da chaminé;
— o PSD foi plástico nas coligações, coligou-se com outros partidos sem tabus, até com o PAN quando achou necessário;
— os “suplementos extraordinários” aos pensionistas estão a fazer com que eles esqueçam, ou perdoem, as maldades de Pedro Passos Coelho.
2. Depois do desastre das legislativas, o PS corria um risco existencial; a noite acabou por não correr mal a José Luis Carneiro; com as suas 127 câmaras, o partido mantém implantação em todo o território e, cereja no topo do bolo, ganhou mais quatro capitais de distrito, uma delas Viseu (já lá vamos).
3. O Chega “meteu o pé na porta” do poder autárquico; se os seus eleitos fizerem uma oposição responsável, se deixarem de faltar às sessões, se não fizerem nos órgãos locais as palhaçadas que fazem na assembleia da república, a porta autárquica abre-se mais para eles daqui a quatro anos.
4. O PCP perdeu sete câmaras, está cada vez mais “pele e osso”; quando perder a “pele” dos sindicatos, vai ficar só com o “osso” do seu património imobiliário.
5. O CDS passou de seis para sete presidentes de câmara; inesperado e notável.
6. As narratretas woke e as flotilheirices keffiyeh ainda vão mantendo alguma presença do bloco de esquerda nos media e nas redes sociais; o bloco continua bom em posts, em votos já não.
7. Vamos agora a Viseu.
João Azevedo, depois de ter ficado a 4 mil votos do dr. Ruas há quatro anos, tinha que resolver dois berbicachos:
— acabar com a mediocridade e a sabotagem da concelhia socialista (o incansável Miguel Pipa resolveu-lhe o problema);
— não perder eleitorado (Azevedo atingiu este objectivo com o seu trabalho e presença constante em todas as freguesias; para além disso, contou também com as asneiras do adversário: ninguém ajudou mais o candidato socialista a manter as suas tropas unidas do que a verrina grosseira das redes sociais cor-de-laranja).
Ora, mesmo com a máquina do PS-Viseu a funcionar bem e os 20 mil votos de há quatro anos seguros, mesmo assim não chegava. Então, o candidato socialista, para ir buscar mais votos ao lado de lá, fez com método duas coisas:
— assumiu as ideias modernizadoras de António Almeida Henriques que o dr. Ruas tinha rechaçado;
— incorporou nas suas equipas das freguesias, da câmara e da assembleia municipal muita gente não-socialista.
Foi esta estratégia congregadora que levou João Azevedo ao Rossio e deu ao PS a mais saborosa vitória das autárquicas de domingo.
8. Quero deixar aqui um testemunho de admiração e gratidão pelo trabalho de Leonor Barata, em boa hora convidada pelo dr. Ruas há quatro anos para vereadora da cultura.
Leonor Barata foi, de longe, a melhor vereadora da cultura que passou na câmara de Viseu. Esta afirmação tem presente o desempenho de todos os detentores e detentoras daquele cargo desde a primeira metade dos anos de 1980, altura em que ainda ninguém ligava nada à cultura municipal e os presidentes da câmara, por desfastio, entregavam o pelouro a um vereador da oposição.
9. Este Olho de Gato já vai demasiado grande. Escreverei sobre o dr. Ruas outra vez. Tenho esperança que o seu respeito pelos viseenses faça com que esteja presente na tomada de posse dos novos eleitos.
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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