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Viseu avança: gestão com visão e futuro

 Viseu avança: gestão com visão e futuro
05.11.25
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 Viseu avança: gestão com visão e futuro

por
João Cruz

O Partido Socialista assume a presidência da Câmara Municipal de Viseu num contexto político exigente, marcado por limitações e desafios claros. O Partido Socialista assegura a maioria na Câmara após notável exercício de flexibilidade política por parte de um vereador eleito pelo PSD e está em minoria na Assembleia Municipal, confrontado com um cenário de desequilíbrio territorial — o PSD lidera 25 Juntas de Freguesia, o PS cinco e duas são independentes —, a governação exige estratégia, diálogo e determinação. Este quadro, à primeira vista complexo, não é obstáculo, mas oportunidade para demonstrar que é possível transformar diversidade política em força para o concelho, ut demonstratur.

O sofisma dos referendos acenado na primeira reunião da Assembleia Municipal evidencia a necessidade de consolidar a legitimidade institucional e deliberativa. Os referendos, instrumentos de soberania popular, só são válidos se acompanhados de salvaguardas éticas e de transparência. Qualquer manobra que privilegie interesses partidários em detrimento do bem comum prejudica, em última instância, os viseenses.

É certo que a oposição na Assembleia Municipal saberá sempre separar a crítica política construtiva das pulsões obstrutivas. A obstrução dificilmente paga dividendos. A clareza das decisões, a autenticidade e o impacto positivo na vida dos vissenses é o verdadeiro sucesso da governação.

O caminho para Viseu é o diálogo, o consenso e a construção de pontes. Envolver instituições, associações e cidadãos na definição de prioridades, com proximidade, ética e transparência, é essencial. Só assim será possível alinhar as políticas municipais com os instrumentos nacionais e europeus de financiamento, convertendo oportunidades em resultados concretos. Diversidade política não é obstáculo, é desafio para uma governação responsável, estratégica e orientada para o futuro.

Três factores são determinantes para o início deste mandato: a situação das finanças municipais, o impacto das transferências do Estado e a capacidade da nova administração. A conjugação destes elementos será decisiva para concretizar o programa eleitoral do PS e manter a sustentabilidade financeira do município.

As finanças municipais mostram um quadro equilibrado, mas exigente. O município encerrou 2024 com uma dívida consolidada de cerca de 30 milhões de euros, revelando a necessidade de investimento prudente. O orçamento de 2025, de 133,7 milhões de euros — 109,2 M€ para o município e 23,99 M€ para os SMAS — apresenta um saldo corrente positivo de cerca de 10 milhões, fruto de receitas de 80,42 M€ contra despesas de 69,5 M€. Esta margem permite planear investimentos estratégicos sem comprometer a estabilidade financeira.

A receita própria, baseada sobretudo em IMI, IRS, IVA e taxas municipais, mantém-se estável. Por outro lado, a pressão sobre as despesas — agravada pela inflação e pela necessidade urgente de investimentos em infraestruturas — exige gestão criteriosa e eficiente.

As transferências do Orçamento do Estado para 2026, estimadas em 40,225 M€, representam um aumento de 2,9% relativamente a 2025 e serão fundamentais para financiar projetos estruturantes, desde a requalificação urbana à mobilidade sustentável e à coesão territorial.

O orçamento de 2026 deve ser, portanto, estruturado com rigor, visão estratégica e capacidade de investimento responsável. A conjugação entre receita própria, transferências do Estado e parcerias locais permitirá reforçar serviços de proximidade, promover projetos estruturantes e transformar cada oportunidade em resultados concretos, com total transparência e eficiência.

Esta articulação baseia-se em três linhas de ação fundamentais: a convergência estratégica, que visa garantir que cada investimento decurto prazo contribua para objetivos estruturais, como a revitalização do centro histórico, o reforço dos serviços de proximidade, a valorização do património, a promoção de habitação acessível e a dinamização da economia local; o equilíbrio territorial, que assegura a participação das freguesias rurais e periurbanas no desenvolvimento, com acesso equitativo a infraestruturas, transportes, educação, cultura e saúde, reduzindo as assimetrias dentro do concelho; e a gestão inteligente dos recursos, focada em maximizar o uso dos fundos nacionais e europeus, combinando financiamento público e parcerias locais para optimizar a capacidade de investimento municipal, sem comprometer a sustentabilidade financeira

As prioridades imediatas — estabilidade orçamental, melhoria de serviços e proximidade com as pessoas — são a base para projetos estruturantes que moldarão o futuro de Viseu. O desafio é claro: transformar cada euro em progresso, cada decisão em confiança e cada ação em legado. Viseu não espera, Viseu avança — com coragem, com visão e com resultados concretos.

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