A Câmara Municipal de Mangualde aprovou o orçamento para 2026 no valor de 43,5 milhões de euros, reforçando o investimento em obras públicas, anunciou a autarquia em comunicado.
O documento representa um aumento de 8,5 milhões de euros face ao orçamento deste ano (35 milhões) e foi aprovado por maioria, com um voto contra, do vereador eleito pelo Grupo de Cidadãos Eleitores Novo Rumo.
Do total de 23,8 milhões previstos nas Grandes Opções do Plano (GOP), cerca de 18,7 milhões destinam-se a obras, um reforço que o presidente da Câmara, Marco Almeida, considera estratégico. “Este orçamento traduz uma visão estratégica e social, que investe com ambição no desenvolvimento estruturante do concelho, governando com responsabilidade financeira”.
Segundo o autarca, grande parte dos projetos, apoiados por fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Portugal 2030, encontra-se em fase avançada de execução. “O recurso a financiamento externo, que soubemos aproveitar ao máximo, permite reduzir o esforço municipal”, sublinhou.
Entre os investimentos previstos destacam-se as requalificações da Escola Secundária Felismina Alcântara (2.ª fase), do Centro de Saúde, do Mercado Municipal, do Bairro Municipal, da Casa da Música e do Estádio Municipal. O orçamento inclui ainda a reconversão do edifício da Cunha Baixa para a Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário, a criação do Hub Tecnológico, a implementação do Radar Social, o programa Ecomóbil, a Telemetria da Água, a Central de Camionagem, os Bairros Comerciais Digitais e operações de regeneração urbana, com investimento superior a dois milhões de euros.
Marco Almeida salientou que estes projetos “fazem parte de uma estratégia integrada para reforçar a competitividade, a qualidade de vida e a modernização de Mangualde, com uma preocupação clara com a coesão territorial”.
O Executivo municipal decidiu manter, em 2026, o IMI na taxa mínima legal (0,3%), bem como a participação variável no IRS (4%). A derrama mantém-se entre 0,5% e 1%, consoante o volume de negócios anual das empresas.
“É uma política fiscal responsável e equilibrada, que alivia o esforço das famílias, sem penalizar excessivamente cidadãos e empresas, permitindo investir e manter as contas certas”, afirmou o presidente.
Após aprovação em reunião de Câmara, o orçamento segue agora para votação na Assembleia Municipal, marcada para o próximo dia 22 de dezembro.
