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E se um avião com 19 passageiros sofresse um acidente no Aeródromo de Viseu?

Exercício, “Livex”, reuniu esta quarta-feira (6 de março) no Aeródromo de Viseu perto de 100 operacionais, apoiados por dezenas de viaturas

Micaela Costa
 E se um avião com 19 passageiros sofresse um acidente no Aeródromo de Viseu? - Jornal do Centro
06.03.24
fotografia: Jornal do Centro
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 E se um avião com 19 passageiros sofresse um acidente no Aeródromo de Viseu? - Jornal do Centro
06.03.24
Fotografia: Jornal do Centro
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 E se um avião com 19 passageiros sofresse um acidente no Aeródromo de Viseu? - Jornal do Centro

“Aeronave declara emergência por problema no trem de aterragem”. Esta é a primeira comunicação que chega ao serviço de informações do Aeródromo de Viseu. O alerta está dado e os meios de socorro vão começar a ser mobilizados. As dificuldades relatadas deixam antever um cenário de um acidente com gravidade. “Último contacto revela problemas no trem de aterragem, provavelmente chega sem trem de aterragem”, volta a ouvir-se nas comunicações. A carreira aérea vem repleta de passageiros, são 17 civis e dois elementos da tripulação e o pior cenário confirma-se. A aeronave acaba por embater no chão e “desmembra-se” ao longo da pista, asas para um lado e corpo para o outro. Há pedaços a arder em vários pontos da pista e as vítimas aguardam por socorro. Algumas ficam prostradas no chão, a alguns metros da aeronave, já sem sinais de vida, outras conseguem sair pelo próprio pé e outras estão no interior a aguardar por ajuda. O primeiro meio a chegar é uma Oshkosh, uma viatura de combate a incêndios que se encontra em permanência no aeródromo de Viseu. Depois de posicionada lança jatos de espuma que vão assegurar que uma parte da aeronave não seja consumida pelas chamas, até porque no interior ainda se encontram várias vítimas.

As sirenes já se ouvem, os carros de combate a incêndios e as ambulâncias já circulam no interior do aeródromo. “Drone no ar. Quero um varrimento da área para ver se há vítimas projetadas”, atira o Comandante de Operações e Socorro (COS), Rui Nogueira, que, entretanto, tem já montado o posto de comando. É a partir daqui que toda a operação e meios são coordenados. São mais de uma dezena de vítimas, é preciso fazer “escolhas” e perceber onde atuar primeiro e são as que se encontram no interior da aeronave quem recebe o primeiro apoio. Os meios não param de chegar, os vários focos de incêndio continuam a ser extintos e as vítimas assistidas. Algumas já seguiram para o hospital. Para o fim ficam as três vítimas mortais, de quem a GNR se aproxima.

Esta podia ser a história de um acidente, mas (felizmente) não é. Trata-se de um exercício, “Livex”, que esta quarta-feira (6 de março) reuniu no Aeródromo de Viseu perto de 100 operacionais, apoiados por dezenas de viaturas. Verificar se todas as condições de segurança estão reunidas em caso de acidente foi o objetivo do simulacro. “É obrigatório fazermos um exercício de dois em dois anos. Neste caso, é um exercício muito amplo porque envolve uma aeronave com 19 passageiros e o socorro a essa mesma aeronave. Estas coisas parecem simples, mas não são, principalmente quando as pessoas entram em stress, há feridos. Por isso é que é importante que estes exercícios sejam feitos. Além de serem obrigatórios, ajudam a detetarmos onde é que há falhas, o que podemos corrigir e onde podemos melhorar”, começa por explicar as jornalistas o diretor do Aeródromo de Viseu, João Santos.

Além dos bombeiros, de 10 corporações da sub-região Viseu Dão Lafões (Sapadores e Voluntários de Viseu e Voluntários de Mangualde, Vila Nova de Paiva, Castro Daire, Penalva do Castelo, São Pedro do Sul, Tondela, Vouzela e Vale de Besteiros), participaram elementos da PSP, GNR, Polícia Municipal, vários serviços da Câmara Municipal de Viseu, INEM e Cruz Vermelha Portuguesa. Ao todo, foram mobilizados mais de 100 operacionais e mais de 40 viaturas.

Além de garantir a segurança no interior do Aeródromo, no exterior estavam vários elementos das autoridades que controlaram os acessos ao local do acidente.

“Há uma grande coordenação institucional, um cenário com estas características obriga ao elevado empenhamento de diversas entidades e também exercitamos toda aquela que é a coordenação institucional”, explica Rui Nogueira, que é também comandante dos Bombeiros Sapadores de Viseu. Segundo o responsável, este foi um “exercício à escala total que visa testar e aferir todos os procedimentos previstos no plano de emergência do aeródromo” e onde é testada a totalidade de situações que podem acontecer desde que existe o acidente, até os feridos serem entregues no hospital. “Estamos em articulação com a Unidade Local de Saúde que vai receber algumas vítimas e assim fazemos um “dois em um” naquela que é a nossa responsabilidade municipal em exercícios com situações de emergência”, acrescentou Rui Nogueira.

A assistir a todo o exercício estava um conjunto de observadores internacionais e nacionais, nomeadamente do Aeródromo de Tires. “É muito importante trocarmos experiências e conhecimentos, para que no dia em que possa acontecer uma situação destas todos estejamos preparados”, destacou o diretor do aeródromo de Viseu, João Santos.

A acompanhar a ação esteve ainda o vice-presidente da Câmara de Viseu, João Paulo Gouveia. O também responsável pela área da Proteção Civil municipal destacou a importância desta infraestrutura e da necessidade de estarem garantidas todas as condições de segurança da mesma.

“Queremos que tenha todas as condições de segurança e que esteja completamente operacional com os meios testados”, disse, acrescentando que a autarquia tem “um investimento no aeródromo de cerca de 350 mil euros por ano com todas as infraestruturas, nomeadamente ao nível da manutenção, o que é um valor francamente elevado. O município de Viseu faz este investimento, mas é para cobrir toda a região”, realçou.
João Paulo Gouveia aproveitou ainda para lamentar o “abandono” da região através de dois serviços que estão instalados no Aeródromo: a carreira aérea e o helicóptero do INEM.

“Estamos preocupados com a carreira aérea, nomeadamente a falta do concurso e com a falta deste serviço que acaba por fazer parte daquilo que é a coesão do país. Temos que pedir ao Estado central que, de uma vez por todas, tenha mais atenção com o Interior que bem precisa desta carreira aérea”, disse, lembrando a redução de voos da carreira aérea que liga Trás-os-Montes ao Algarve.

Já sobre a redução de horários no INEM, João Paulo Gouveia disse não compreender a situação. “Também o helicóptero do INEM foi amputado da região. Não compreendemos como é que, por um lado, deixamos de ter carreira aérea todos os dias e, por outro, deixamos de ter 50 por cento do serviço do helicóptero do INEM. Não estamos a compreender a forma como estamos a ser tratados”, lamentou.

 

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