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A verdadeira estupidez de um mundo em desconstrução. Rabiosques. Poeira cósmica. Educação. Ditadura

 A verdadeira estupidez de um mundo em desconstrução. Rabiosques. Poeira cósmica. Educação. Ditadura - Jornal do Centro
11.07.25
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 A verdadeira estupidez de um mundo em desconstrução. Rabiosques. Poeira cósmica. Educação. Ditadura - Jornal do Centro

por
Filipe André

Como é possível a estupidez, estar tão presente no dia a dia de um mundo que caminha através dessa estupidez para a sua desconstrução? 

Por ventura, este artigo será um desabafo revoltado, mas na verdade devia ser um antidoto para doença que padece numa sociedade surreal.

Vamos diretos ao assunto. Deixem-me pegar apenas num de vários exemplos. Seriam muitos e variados, os heróis do ecrã, os opinion makerks da léria, os sensacionalistas, enfim, não faltam razões para este tipo de artigo. Optei pela exposição e utilização do corpo.

Que mundo teremos ou temos quando a constante usurpação de um mero corpo físico, que apesar das suas curvas, ou presença híper delineada, se sujeita á trivialidade das joeiras de um(a) individuo(a) para o caminho de um pseudo sucesso, pseudo reconhecimento e sabe-se lá mais o quê? 

Mas…Mero corpo?! Pergunta o leitor? Sim, reafirmo, mero corpo. Pense bem… Num exercício de memória achará que houve corpos nas últimas décadas que não se esquecem…. Hum…. Pois…. Ok. Continue a recuar, cem anos por exemplo. Ooops… Isso mesmo, não se recorda ou não sabe. E mesmo assim hoje são… O quê? Exato. Poeira cósmica.

Exatamente o que todos sem exceção seremos um dia, nada mais que poeira cósmica. 

No entanto, hoje a proliferação de corpos através das redes é tão grande, que até o culto da apreciação parece enfadar e pior ainda, menosprezar, achando que somos tão especiais, tão especiais, que nunca existiu no mundo criatura semelhante, e talvez nunca tenha existido mesmo… 

São pernas, rabiosques, seios e peitos por todo lado em fotos estilizadas, com um enfase tão desmedido que se torna ridículo ao ponto, lá está, de se tornar vulgar.

Pergunto eu? Esta gente sabe que todas essas curvas, vão caminhar na linha do tempo também, perdendo-se e transformando-se? 

Não quero com isto desvalorizar o culto do corpo, nada disso, antes pelo contrário, entendo que cada vez mais o nosso físico deve ser exercitado, sou um fã da célebre citação adaptada do poeta romano Juvenal, “Mens sana in corpore sano”. Mas admito que está mesmo em desuso… Hoje, e no meu muito fraco latim, deve ser algo como “Corpus sanum in mente stulta”, que é como quem diz, um corpo são numa mente estúpida.

Resumindo, o que quero enfatizar, é o facto de hoje em dia, o culto do intelecto estar em desuso e a curiosidade pelo conhecimento resumir-se a um bando de “desinfluencers”, que dá náuseas de tão básicos se apresentarem.

O culto do “eu”, a procura louca de reconhecimento e da necessidade de ser marcante não importando qual o método que se utiliza, seja a foto do rabiosque, ou outra é no mínimo um atentado à inteligência. O que importa é o ser-se notado a todo o custo. Isto parece uma espécie de recalcamento ou o novo bullying social. Será? Não será antes, ausência de doutrina, sabedoria e conhecimento? Que acham? Será por isso que a verdadeira sapiência não corre atrás de reconhecimento?

Grave. Muito grave.

Será que ninguém diz a esta gente, que tudo vai passando e que o mundo é um local de tanto conhecimento, de tanta história, de tantos feitos grandiosos cravados na história da humanidade, que o simples facto de nos resumirmos á ridicularização, é desrespeitar os grandes feitos e efeitos? Nunca ninguém pensou assim? Esta gente não pensa nisto?

Pergunto eu? Que grandes marcas vão cravar estas gerações? Sinceramente não sei! E tenho receio… 

Gente de intelecto, sabe que a passagem pela vida, é um caminho cheio de pedras, umas em que tropeçamos, outras que nos atiram, mas que aprendemos a lidar com elas, baixando-nos umas vezes, desviando-nos noutras e até aprendendo a sentir-lhes o impacto.

Na maior parte dos casos, através da educação e instrução do ceio familiar, a minha geração e tantas outras anteriores, foi vivendo e aprendendo. Hoje está a perder-se essa missiva, para um ecrã de conteúdos duvidosos, em que pequenos cérebros são consumidos de uma forma periclitante. A educação e instrução dos ceio familiar está a desaparecer, e há claramente uma demissão dos papeis dos pais enquanto doutrinadores e educadores. Não são as caixas de conteúdo duvidoso o problema, são antes todos aqueles que têm apenas a missão, nobre e esplendorosa de ver crescer de forma estruturada os seus, e se demitem dessa responsabilidade. Optam antes, pela selfie em família no melhor spot da moda para colocar nas plataformas digitais vivendo e mostrando um mundo completamente artificial em todos os sentidos. Que desperdício.

Revisito com alguma assiduidade, (mais do que queria) a história e seus regimes ditatoriais por razão dos dias que correm. Nesses tempos a premissa, ou se aprendia, ou se aprendia, era preceito absoluto.

Estranho, uma ditadura ser sem dúvida um regime abominável e ultimamente seja invocada por tantos como solução de determinados males sociais. Como em tudo na vida, é preciso olhar para o menos mau. E é indiscutível que Portugal por exemplo, aprendera a respeitar-se, educou-se a viver sobre regras, que apesar de exageradas certamente, sobreviveu granjeando raízes educativas e valores sociais. Mas factos, são factos. E essa geração, não foi a culpada do ridículo a que chegámos, aliás geração que agora se revela, é a terceira ou quarta depois da “geração ditatorial”, e tanto esta comos as seguintes estão cheias de pequenos ignóbeis, de intelecto duvidoso e com toques ditatoriais, sempre os haverá. Comparando-as, apetece-me dizer, que se calhar um regime ditatorial à séria, durante um certo espaço de tempo, educaria a ligeireza e estupidez de algumas vidas que assolam esta leviana sociedade que apenas contribui para a desconstrução do nosso mundo. Talvez trouxesse a este planeta bacoco, um pouco mais de sentido e equilíbrio. Quem sabe? Espero ter exagerado. Desejo sinceramente que sim!

 A verdadeira estupidez de um mundo em desconstrução. Rabiosques. Poeira cósmica. Educação. Ditadura - Jornal do Centro

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