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A partir do momento em que o SARS-CoV-2 passou de um morcego para um pangolim, em Wuhan, nada ficou na mesma. Aquele nano-ser acabou atravessado nas nossas vidas da mesma maneira como aquela giga-embarcação carregada de contentores chineses está a empacar o Canal de Suez.
A “primeira vaga” de covid foi terrível em vários países europeus, especialmente na Itália e em Espanha.
Portugal, sem saber ler nem escrever, conseguiu passar entre as gotículas e os aerossóis daquela primeira tempestade viral, o que levou os media e os políticos a identificarem um putativo “milagre português”, um especial saber-fazer luso que sabia domar o “bicho” como ninguém.
Foi por isso que, durante a primavera do ano passado, o orgulho pátrio esteve sempre mega-inflado. Mas, como se sabe, há sempre muita concorrência entre egos inchados e Sebastian Kurz, o chanceler austríaco, organizou na altura uma conferência dos países “inteligentes” (sic) que, explicou ele, “reagiram rápida e intensamente e, por isso, tinham saído da crise melhor do que outros” (sic).
Infelizmente, já então o QI covideiro português não era considerado suficiente para poder conferenciar com a “inteligência” da Áustria, República Checa, Dinamarca, Grécia, Israel, Singapura, Austrália e Nova Zelândia.
Só que, como se sabe, é temerário tentar fazer exercícios de relações públicas com a pandemia. Este vírus tem trocado sempre a volta às proclamações dos políticos. Um dos tais países “inteligentes”, a República Checa, tem agora, desgraçadamente, a maior letalidade do mundo.
A nós, o Natal afundou-nos, causou-nos uma tragédia humana e um desastre reputacional à nossa maior fonte de receita, o turismo. A “terceira vaga” começou em Portugal e está a atingir com muita força a “Europa”, obrigando vários países a confinar. O vírus conseguiu até um feito que parecia impossível — atarantou Angela Merkel, obrigou-a, esta semana, a dar um dito por não dito em matéria de confinamento pascal.
Com o aumento da capacidade de produção de vacinas, os políticos já sonham com os “dias de libertação da covid” e querem que eles coincidam com datas históricas dos seus países.
Joe Biden marcou-o para 4 de Julho, o dia da independência dos Estados Unidos. O comissário europeu Thierry Breton, como bom francês, prometeu que a UE ia atingir a imunidade de grupo no dia da tomada da Bastilha, 14 de Julho. Poderá ser boa ideia o nosso Marcelo marcar a festa para o dia da república, 5 de Outubro, desde que, claro, não se excluam os monárquicos das agulhas do vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.
Uma coisa é certa, enquanto não houver vacinas que assegurem uma imunidade duradoura, este vírus vai continuar a causar estragos. Vai continuar atravessado nas nossas vidas.
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