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Delegado à mesa de voto consulta a lista de eleitores para a Câmara Municipal do Porto, 12 de outubro de 2025. Decorrem este domingo as eleições autárquicas em Portugal onde mais de 9,3 milhões de eleitores podem votar. Os eleitores vão escolher os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia, pelo que há três boletins de voto. MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA
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Suicídio: um tema que exige respeito

 Suicídio: um tema que exige respeito
15.10.25
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 Suicídio: um tema que exige respeito

por
José Carreira

Recebi o alerta para um tema tabu na sociedade portuguesa, o suicido, através da escrita de Henrique Raposo, no livro Alentejo Prometido (Fundação Francisco Manuel dos Santos): “O que distingue o Alentejo não é a pobreza, a paisagem, o calor, a solidão ou a genética, mas a arrumação do suicídio na prateleira amoral, no ângulo morto da moral.” O Alentejo tem uma taxa de suicido 70% acima da média nacional, ocorre essencialmente entre os homens mais velhos e é “encarado com uma normalidade assustadora” (Carmen Garcia, Público, 14/09/2025). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos em todo o mundo. Em Portugal, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2021 registaram-se 934 mortes por suicídio e lesões autoprovocadas, o que corresponde a uma taxa de mortalidade de nove por 100 mil habitantes. 

Por estes dias, fomos confrontados com o suicídio de dois jovens, numa escola secundária. Os jovens que decidiram pôr termo à sua vida merecem o nosso respeito. A intimidade, a dor e o luto das famílias exigem recato. A comunidade escolar não precisa de tudólogos inescrupulosos, mas de tranquilidade, solidariedade e união. Repugnam-me as carpideiras de serviço, eximias na “caça às bruxas”, travestidas de justiceiras, sem demonstrarem um pingo de empatia e respeito pelo outro. Sem qualquer pudor fazem assassinatos de carácter e dão-se ao desplante de vilipendiar toda uma comunidade em sofrimento. A sociedade precisa de falar sobre suicido, sem dúvida. O silêncio alimenta o estigma e contribui, em grande medida, para que não seja pedida ajuda, por parte de quem está em sofrimento. O suicido é uma das principais causas de morte prematura no mundo, estando uma boa parte dos casos associados a doenças mentais tratáveis. No dia 10 de setembro, assinalou-se o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio e foi oficialmente lançada a Linha Nacional de Prevenção do Suicídio e Apoio Psicológico – 14111 – disponível em todo o país, é gratuito, funciona 24 horas por dia e está, é assegurado por psicólogos e enfermeiros especialistas em saúde mental e psiquiatria. Descobri, na Feira do Livro do Porto, o livro “O Verão dos Mergulhos” (Orfeu Negro), eleito, pelo New York Times, como o Melhor Livro Ilustrado para crianças. A escrita de Sara Stridsberg e as ilustrações de Sara Lundberg convidam a um mergulho com sensibilidade e empatia na depressão de um pai que perdeu a vontade de viver e de uma filha que comprova o amor incondicional pelo pai de quem nunca desistiu. Precisamos de quem saiba pintar (as ilustrações são magníficas) a tristeza para que a possamos superar, voltar a sonhar e celebrar a vida. 

 Suicídio: um tema que exige respeito

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