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Vila Nova de Paiva recebe a 31 de agosto a primeira edição do Barrelas Summer Fest. Antes de mais, como surgiu a ideia e porquê agora?
Pela necessidade de ter na nossa região um festival a sério com artistas de renome, incluindo internacionais, porque é uma falha grave que há na nossa região há muitos anos. Esta ideia começou logo pelo cabeça de cartaz. Foi logo a primeira ideia de trazer aqui James que é uma banda icónica e nada melhor do que eles para ter aqui um festival. E a partir deles construir um evento que trouxesse nome à região e a Vila Nova de Paiva e também numa perspetiva de coesão cultural de não estar tudo fixado nos grandes centros, em outros festivais que já há ou na Feira de S. Mateus, por exemplo.
Porquê agora?
Nós temos feitos apostas culturais de grande monta. Nunca um concelho como o de Vila Nova de Piava teve tantos nomes nacionais como nós nos tivemos nos últimos três anos. E este festival vem na consequência disso, de dar uma pedrada no charco e criar aqui um grande evento.
É importante para Vila Nova de Paiva estar ao lado de outros municípios que já têm programações arrojadas?
Nós queremos ser sempre melhores. Não nos queremos comparar com ninguém. Queremos fazer o nosso caminho, independente dos outros. Não temos um mês de festas inteiras. Aqui é o município que está a apostar num evento que queremos que perdure no tempo. Mas é para colocar o nome de Vila Nova de Paiva no mapa cultural do país, porque na região já está com o que temos feito nos últimos três anos.
Como prevê a viabilidade do festival, tendo em conta a população de Vila Nova de Paiva. Como foi feita a avaliação do risco?
Vamos ver como vai correr. Sabemos que o primeiro ano é, historicamente, sempre mais difícil do que todos os outros, basta ver todos os festivais deste país. Olhe, o de Vilar de Mouros que está a agora a decorrer, a segunda edição só voltou 15 anos depois da primeira. Claro que não queremos demorar tanto tempo (risos)… sabemos que corremos riscos, mas é para isso que cá estamos. Fazer igual a quem cá esteve, melhor ou pior, não foi para isso que fomos eleitos. Fomos eleitos para seguir um caminho e arriscar naquilo que achamos que é melhor e nos dá visibilidade e colocar Vila Nova de Paiva no mapa também o é através da cultura. SO facto de ter lançado o festival só por si já criou muita coisa, já se fala do nome de Vila Nova de Paiva no país inteiro. E no fim as contas serão feitas, obviamente, sendo que há valores que não se vão conseguir apurar porque são os valores da publicidade ao concelho e à vila inserida nesta região.
Os munícipes entendem dessa forma?
Isso terá que perguntar a eles. Demos a possibilidade dos residentes terem um preço mais barato. Temos reportes de munícipes que estão satisfeitos com a atitude que tivemos, com o risco que estamos a correr e com termos tido a coragem de avançar para uma coisa que à partida seria impensável.
Não vai ficar um “elefante branco” nas contas da autarquia?
Não. Sabemos fazer contas. Obviamente, no fim vamos ver, mas a câmara está saudável financeiramente. Podemos poupar em outros eventos, mas é algo que se ajusta naturalmente.
Este é o tipo de evento que Vila Nova de Paiva precisa para alavancar o turismo? O que espera que o festival deixe na região?
Espero que traga muita gente a Vila Nova de Paiva e que muita gente conheça Vila Nova de Piava. Todos os concelhos aqui à volta vão beneficiar da existência deste festival. Os nossos alojamentos e os que estão à volta também vão ficar completos. Por isso é bom para todos.
O festival é para continuar?
Eu gostava que daqui a 30 anos, tal como o Paredes de Coura celebra agora três décadas, gostava que o Barrelas Summer Fest celebrasse o seu 30.º aniversário.
Mais arrojado?
Certo, tal como Paredes de Coura ou Vilar de Mouros que há trinta anos não era assim.
O festival é financiado pelo município. Coloca a hipótese de, mais tarde, ser uma empresa de eventos a pegar nele?
Não, enquanto eu aqui estiver não. A organização continua a ser nossa. Ora, a partir do momento em que tenhamos algum histórico já factual e anual do festival será mais fácil é conseguir outras coisas, desde patrocinadores a parceiros que possam alavancar o festival. Agora, empresa… não creio que seja por aí. Agora, só posso falar durante o tempo que for presidente da Câmara.
Foi o presidente que escolheu o cartaz?
Também, em conjunto com a minha equipa.
Como foi feita a escolha dos nomes? Estudo de mercado ou disponibilidade?
Primeiro estudámos o cabeça de cartaz e à volta dele escolhemos algumas bandas que se adequassem ao público que se quer atingir, claro que tivemos em conta os custos que iríamos ter com o festival. Acho que temos uma boa diversidade, sempre numa onda mais rock.
Que público quer?
Um público mais maduro. Não queremos estar a concorrer com outros festivais que têm outro músculo.
Como é que municípios como Vila Nova de Paiva devem posicionar-se para criar mais atração turística?
Já há uma política de coesão em termos de turismo no âmbito da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões. O trabalho tem sido bem feito. O Visit Viseu Dão Lafões tem corrido bem e tem trazido gente a toda a nossa região. É uma estratégia com a qual concordamos, tem havido um bom trabalho. Nós temos tido muitas visitas, os nossos museus, por exemplo, bateram todos os recordes este ano.
Programa
Com entrada a partir das 17h00 no Estádio Municipal de Pedralva, no centro da vila, e com capacidade para mais de 12 mil pessoas, realiza-se a 31 de agosto a primeira edição do Barrelas Summer Fest.
O festival tem James como cabeça de cartaz e antes sobem ao palco bandas como os Virgem Suta, Blind Zero, Blasted Mechanism e o jovem de Viseu Morais. Os DJ Rich & Mendes também fazem parte do programa.
Os residentes no concelho pagam 20 euros, menos cinco que o público em geral.
Formados em Manchester em 1981, os James são das mais bem sucedidas bandas de rock alternativo. Com Tim Booth na dianteira, a sua carreira conta com mais de 25 milhões de álbuns vendidos e clássicos incontornáveis como “Lose Control”, “Sit Down”, “Laid”, “Say Something”, “Born Of Frustration” e “Sometimes”.
Os Virgem Suta surgiram em 2009 e têm no currículo centenas de concertos por todo o país, inclusivamente em alguns dos maiores festivais nacionais. Em 2024 a banda comemora o décimo quinto aniversário com novo álbum e nova digressão.
Com milhares de discos vendidos, nove álbuns lançados e um DVD ao vivo para a MTV em Milão, os Blind Zero fazem parte da História da música portuguesa. Nascida em 1994, a banda celebra 30 anos com o lançamento de um novo álbum, Courage and Doom.
Nascidos em 1995, os Blasted Mechanism têm mais de uma dezena de discos editados e pisaram os maiores palcos nacionais e internacionais. Incontornáveis na música portuguesa, fundem rock com eletrónica e elementos de diversas músicas tradicionais do mundo.
Morais, nome artístico de João Morais, é artista natural de Viseu, que começou a sua carreira em 2022. Não tem um estilo de música favorito, mas tem vindo a demonstrar uma grande versatilidade nos temas que lança.
Os DJs Rich & Mendes trabalham em dupla, deixam marca por onde passam e já atuaram, lado a lado, nos maiores e melhores festivais em Portugal e além fronteiras. Fazem semanalmente o programa de rádio RFM SOMNII Radio Show, uma hora com o melhor da dance music