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O cancro oral é uma das doenças oncológicas em que o diagnóstico precoce mais influencia o resultado. Apesar da boca ser facilmente observável, a maioria dos casos continuam a ser identificados tardiamente. Quando o tumor é detetado numa fase inicial, os tratamentos tendem a ser menos invasivos, a taxa de cura é elevada e o impacto na fala, mastigação e qualidade de vida é significativamente menor. 

Os fatores de risco estão bem estabelecidos: tabaco e álcool são responsáveis pela maioria dos tumores da cavidade oral e os efeitos combinados aumentam ainda mais o risco. A exposição solar excessiva é um fator relevante para o desenvolvimento do cancro do lábio. Reduzir ou eliminar comportamentos de risco continua a ser a medida preventiva mais eficaz. 

Lesões persistentes como úlceras que não cicatrizam em duas a três semanas e manchas brancas (leucoplasias) ou vermelhas (eritroplasias) são sinais de alerta que muitas vezes passam despercebidos. A tendência para normalizar sintomas leva a que o diagnóstico só seja feito quando o cancro interfere com funções essenciais, como comer ou falar. 

O atraso no diagnóstico tem consequências importantes. Tumores avançados exigem cirurgias mais extensas, tratamentos combinados e acarretam maior probabilidade de complicações e sequelas, como dificuldades de alimentação, limitação da abertura da boca e alterações nervosas. O tempo entre o aparecimento dos sintomas e a referenciação para um especialista pode impactar significativamente a recuperação e a qualidade de vida. 

Apesar destes desafios, a mensagem é positiva: o cancro oral é tratável e, quando identificado precocemente, apresenta um bom prognóstico. A vigilância é simples e acessível. Devemos observar a boca regularmente, estar atento a lesões persistentes e procurar um médico especialista em Cirurgia Maxilofacial para diagnóstico e respetivo planeamento do tratamento. 

A boca tende a manifestar sinais quando algo não está bem. Reconhecer esses sinais a tempo pode transformar por completo o percurso de tratamento e recuperação.

João Melo Oliveira, médico especialista em Cirurgia Maxilofacial no Hospital CUF Viseu

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