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Autárquicas Novo presidente da Câmara de Viseu rejeita acordos para gerir concelho e aposta em diálogo
Delegado à mesa de voto consulta a lista de eleitores para a Câmara Municipal do Porto, 12 de outubro de 2025. Decorrem este domingo as eleições autárquicas em Portugal onde mais de 9,3 milhões de eleitores podem votar. Os eleitores vão escolher os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia, pelo que há três boletins de voto. MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA
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Chalupas há muitos

 Chalupas há muitos
07.06.25
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 Chalupas há muitos

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

1. Comecei a escrever este Olho de Gato no dia e na hora em que Trump e Musk se pegaram nas redes sociais. Maravilhoso. Como diz o povo, ralham as comadres, sabem-se as verdades. Enquanto bato teclas está o mundo a pipocar e a divertir-se com as desavenças daqueles dois chalupas.

2. Há uma semana, Josep Borrell esteve em Viseu para participar na conferência da primavera do “BEIRA – Observatório de Ideias Contemporâneas Azeredo Perdigão” dedicada às “crises” da União Europeia. Aquele peso pesado da política — ministro de Felipe González e de Pedro Sánchez, presidente do parlamento europeu, vice-presidente da comissão europeia e Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança — fez uma intervenção muito boa e realista, com o título “La Unión Europea sin EE. UU”, em que não escondeu os quatro maiores problemas de Bruxelas:
(i) a economia (estagnada, a perder terreno para os EUA e a China);
(ii) a demografia (o inverno demográfico, a pressão imigratória, as tensões daí decorrentes);
(iii) a duplicidade moral (a Europa preocupa-se com os mortos ucranianos mas não com os mortos em Gaza);
(iv) a tecnologia (Borrel aqui não detalhou, mas também não é preciso, tirando a Airbus, no resto as empresas europeias estão a ficar para trás).
Deixo aqui três afirmações originais do conferencista, uma referente ao passado, outra ao presente e outra ao futuro: 
— a construção europeia no seu início quis também integrar formas de cooperação militar, mas esse processo foi abortado pela França (houve oposição feroz dos gaullistas e dos comunistas);
— contrariamente ao que trompeteia o inquilino da Casa Branca, o défice externo dos EUA com a UE é irrelevante e, mesmo assim, esse desequilíbrio minúsculo é só com um país, a Irlanda, e é causado pelas grandes tecnológicas norte-americanas sediadas no país da cerveja Guiness e dos impostos baixos;
— o Sahel é o outro lado do inverno demográfico europeu, as taxas de fertilidade naqueles países africanos (apoiados militarmente pela Rússia) são as maiores do mundo e uma ameaça ao futuro da UE. Esta deve começar a investir já e fortemente na educação e no empoderamento daquelas mulheres.

3. Depois de Josep Borrell ter acabado de falar, ouviu-se uma mulher aos berros. Pensei logo para os meus botões: «Ó diabo! Está cá malta do juiz anti-vacinas!» 
Aquela minha suposição fazia todo o sentido porque, como se sabe, é a extrema-direita quem mais tem perturbado sessões culturais como aquela que estava a ocorrer no Politécnico de Viseu. Afinal, enganei-me. Desta vez, a cena chalupa foi feita por gente do bloco de esquerda — enquanto uma criatura vociferava, outra filmava a performance para as redes sociais. Que tenha dado conta, não foi atirada tinta contra ninguém. Do mal o menos.

 Chalupas há muitos

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