Na encosta da Serra da Arada, no concelho de São Pedro do…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
Sem planos para o fim de semana? Dê um salto até São…
O Grupo Desportivo de Oliveira de Frades diz que vai até às últimas consequências para que os autores das recentes agressões e injúrias a elementos da equipa técnica e jogadores sejam punidos. Os confrontos aconteceram em Resende e obrigaram mesmo a que um dos treinadores recebesse tratamento hospitalar.
O clube oliveirense afirma que no final do jogo deste domingo (18 de maio), a contar para a meia-final da Taça Sócios de Mérito da Associação de Futebol de Viseu, vários adeptos da equipa da casa fizeram uma espera no exterior do estádio onde agrediram física e verbalmente treinadores e jogadores.
O presidente do Oliveira de Frades explicou ao Jornal do Centro que o cenário só não foi mais grave pela rápida intervenção das autoridades, que foram chamadas ao local devido a uma agressão de um adepto do Resende a um elemento da equipa de arbitragem, ainda dentro do campo.
“Se a polícia não vem quando é chamada pelo árbitro, acho que aquilo teria sido uma coisa muito grave, eram muitas pessoas de volta de 20”, destacou.
Tiago Ferreira explicou que durante o jogo alguns elementos da equipa técnica já tinham sido cuspidos e injuriados, mas o mais grave aconteceu já depois do apito final, que ditou a vitória do Oliveira de Frades e a passagem à final da competição.
“Tudo começou normalmente, sem problemas, mas quando fomos para penáltis o ambiente aqueceu. Os treinadores foram cuspidos várias vezes. Entretanto, acabou o jogo e houve gente que ficou à espera no exterior”, contou.
E terá sido nesse momento que equipa técnica e jogadores foram “apertados e alvos de injúrias”. O treinador de guarda-redes acabou mesmo por receber assistência hospitalar e já apresentou queixa junto das autoridades.
“Os adeptos foram diretos lá e há um senhor que agrediu o nosso treinador adjunto, que estava apenas a pedir para o senhor ir embora. Estamos a falar de uma pessoa super calma, não se mete com ninguém, e foram diretos a ele e bateram-lhe. Tem a cara maltratada e está com dores”, contou Tiago Ferreira que também chegou a ser ameaçado enquanto saia do estádio com algumas crianças da formação que tinham sido convidadas para ver o jogo.
“O treinador acabou por ir para o hospital e a GNR identificou pessoas que estavam a tentar agredir os jogadores e o treinador principal. Os militares acalmaram os ânimos e escoltaram o autocarro”, disse.
Agora, Tiago Ferreira espera que as pessoas sejam punidas e afastadas e lamenta que situações como esta continuem a existir.
“Quem anda no futebol para agredir tem que ser banido. Isto não pode existir no futebol, nem em nenhuma atividade. Estar a assistir a isto em pleno século XXI é muito grave. Eu próprio, que tinha várias crianças comigo, fui maltratado e ofereceram-me porrada. E acredito que as pessoas de Resende também não se reveem no que aconteceu. É preciso repensar o que queremos e quem queremos no mundo do desporto”, disse.
Tiago Ferreira fez ainda alusão ao árbitro que também terá sido agredido. “Os árbitros são iguais a nós, fazem o trabalho deles como nós fazemos o nosso. É importante garantir a segurança tanto do árbitro como da equipa. Não podemos continuar com isto”, lamentou.
Já o presidente do Grupo Desportivo de Resende disse ao Jornal do Centro que não assistiu ao que tem sido relatado, mas lamentou a situação e afirmou que o clube está contra qualquer tipo de violência.
“O Resende é contra a violência, estou a mil por cento contra a violência. Não vi o que se passou, mas aquilo que posso dizer é que condeno tudo o que tenha a ver com violência”, disse Horácio Bernardino.
O responsável afirmou ainda que dentro das instalações não ocorreram agressões a elementos do Oliveira de Frades.
“Aquilo que posso garantir é que dentro do estádio, dentro das instalações, nada se passou, nem com os jogadores, nem com os diretores, nem com o treinador, zero”, disse.