O esforço dos alunos, as medida pedagógicas e o acompanhamento aos estudantes é parte do “segredo” para a Escola Secundária de Vouzela ser, pelo segundo ano consecutivo, o estabelecimento de ensino que obteve melhor média de notas nos exames nacionais.
O sentimento de “agrado e satisfação” é assumido pelo diretor do agrupamento, que lembra que os números são o resultado do trabalho que tem sido desenvolvido.
“O segredo é o trabalho, primeiro dos alunos que se esforçam muito e trabalham afincadamente e que acabam por se superar em muitas situações. Em termos de agrupamento, temos algumas medidas pedagógicas e organizativas que são aplicadas ao longo do ano. Depois temos um trabalho de muita proximidade de acompanhamento dos alunos desde que entram neste estabelecimento de ensino”, afirmou José Alberto Pereira, diretor do Agrupamento de Escolas de Vouzela e Campia.
Segundo o responsável, os resultados também começara a melhorar quando a escola “começou a monitorizar mais as decisões que toma” e “as medidas pedagógicas que adota”. “Ao longo do ano, fazemos muitas aferições no sentido de ver se a estratégia está a resultar e se há necessidade de reorientar”, frisou.
O diretor do agrupamento destacou ainda que estes resultados são fruto do “trabalho feito ao longo do ano e que já vem de alguns anos a esta parte”.
“Há um contributo muito grande da parte dos profissionais que trabalham na escola secundária, desde auxiliares de ação educativa, professores e toda a comunidade escolar que dedicam muito tempo ao acompanhamento destes alunos. E, obviamente, há apoios acrescidos no sentido de os preparar mais para os exames nacionais”, disse.
Para José Alberto Pereira, os número são também uma “responsabilidade acrescida”, mas que a grande preocupação “é garantir que todos os alunos tenham a mesma igualdade de oportunidades, que consigam ultrapassar as dificuldades e que saiam da escola com um desenvolvimento em termos de formação pessoal e social. Em primeiro lugar, a preocupação é formar pessoas”.
Questionado se estes resultados mostram bons níveis na área da educação no interior, o diretor do agrupamento refere que deixam “visível o trabalho das escolas da região de Lafões e do distrito de Viseu, onde os resultados comparativamente ao resto do país se destacam positivamente”.
O responsável lembrou ainda que, apesar destes números, estes são alunos que se deparam, diariamente, com condições adversas, “logo pela questão da interioridade”.
“Há, por exemplo, alunos mais desfavorecidos ou alunos que têm um longo caminho de casa à escola. Todos os dias percorrem duas horas, uma para vir para a escola e outra para voltar para casa. Mas, depois são alunos de mérito, com 18 valores, e que entram na primeira opção no ensino superior. Há vários casos em Vouzela e em outras escolas da região e que mostram o excelente trabalho que todas as escolas públicas fazem no meio onde estamos inseridos”, finalizou.
