A 31.ª edição do Festival Internacional de Teatro ACERT (FINTA) acontece em Tondela entre 12 e 15 de novembro e estreia, na abertura, um espetáculo teatral e musical, que inclui histórias de migrantes a viver em Portugal.
“Anoitecer” é um espetáculo que “cruza teatro e música com histórias recolhidas junto de pessoas migrantes a viver em Portugal”, criado pela associação cultural Cem Palcos, de Viseu, em coprodução com o Novo Ciclo ACERT, agendada para 12 de novembro, quarta-feira, às 21:30.
“A participação da comunidade local reforça a dimensão colaborativa e afetiva desta proposta, que parte da memória, da oralidade e do encontro entre gerações para construir um espetáculo poético, terno e politicamente relevante”, adiantou.
O festival internacional receberá espetáculos de quatro países (Portugal, Espanha, Canadá e Brasil) ao longo dos quatro dias, e, segundo o Novo Ciclo ACERT, será um “ponto de encontro entre criadores e públicos, dando lugar à expressão artística vinda de vários cantos do mundo e a uma programação que celebra o teatro como experiência sensorial, partilhada e profundamente humana”.
O cartaz, “marcado pela diversidade de estéticas e geografias”, totaliza 25 ações, desde propostas que cruzam teatro de texto, teatro físico, música, marionetas, novo circo e dança contemporânea, entre outras destinadas ao público escolar e familiar, a jovens criadores ou a utentes de lares e centros de dia do concelho de Tondela, onde o FINTA se deslocará, no âmbito da iniciativa “Fora de Portas”.
A programação do primeiro dia do festival abre às 18:00 com a inauguração da exposição “Fogo Sujo, Fogo Sujo (pouca terra, pouca terra)” da dupla de artistas Maria Miguel Pratas e Miguel A. Ribeiro, uma exploração do território através de objetos escultóricos e sistemas áudio.
A fechar a noite de 12 de novembro, pelas 23:00, outra estreia: a jovem bailarina Verónica Ribafeita, natural de Tondela, apresenta a criação “Inter Specula”, uma peça de dança contemporânea “que questiona a identidade, o lugar do eu numa sociedade cada vez mais exposta e condicionada pelas redes sociais e regida por padrões de beleza e pressões externas” e que é também o seu primeiro trabalho enquanto coreógrafa.
A 13 de novembro, o FINTA propõe “Une Histoire Vraie”, um espetáculo de teatro físico, sem palavras, da companhia portuguesa GATO SA, a história de Pauline, “uma mulher que regressa à sua infância para reencontrar a verdade sobre as suas origens”.
No mesmo dia, às 23:00, o ator canadiano Hugues Sarra-Bournet apresenta o café-teatro “Mario a un Incroyable Talent” (“Mário tem um talento inacreditável”, na tradução em português), uma comédia visual que mistura magia, humor físico e um forte envolvimento com o público.
A 14 de novembro, sexta-feira, penúltimo dia do festival, sobe ao palco “Tudo Acontece Numa Segunda-feira de Manhã”, do dramaturgo e ator brasileiro Vinícius Piedade, uma peça com humor em que dois candidatos transformam uma entrevista de emprego “numa reflexão sobre a precariedade laboral, o absurdo da competitividade no trabalho e o desemprego”.
A fechar a noite, o Bar ACERT acolhe o café-teatro “Parias”, um espetáculo de marionetas para adultos do espanhol Javier Aranda.
No último dia do FINTA, 15 de novembro, às 16:30, a tarde está reservada às crianças, com “Sotobosque, a vida debaixo das árvores”, um espetáculo de música e teatro do coletivo espanhol Inspira Teatre.
“Latas”, da companhia espanhola D’Click, é uma das propostas noturnas, “um espetáculo de novo circo que combina acrobacia, humor, manipulação de objetos e poesia visual”.
O FINTA encerra a programação às 23:00 com “Poemas Visuales”, do também espanhol Jordi Bertran, um espetáculo de marionetas para adultos, “mas que também encanta os mais pequenos”, onde é dada vida “a um elenco de personagens construídas a partir de letras manipuladas com mestria e ternura”.
