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O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, diz que era esperado o pedido de demissão do conselho de administração (CA) do Hospital, depois das declarações da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, no Parlamento, apontando que as “carapuças” serviram aos demissionários. O CA apresentou a demissão. No dia anterior, a ministra da Saúde tinha falado em lideranças fracas.
O autarca Fernando Ruas, em declarações ainda durante a noite de quinta-feira à rádio Observador, explicou que entendia que o pedido foi uma “consequência direta” da Ministra quer alargar urgência pediátrica referenciada a Viseu… mas plano só na próxima semana entre a ministra da Saúde e os administradores da Unidade Local de Saúde (ULS) Viseu Dão Lafões, após o anúncio do fecho noturno da urgência pediátrica.
“Eu entendo as reações que foram feitas depois da reunião que a ministra fez nas instalações do Hospital com o CA. E, portanto, a ministra fez seguramente um determinado tipo de exigências e o CA, pelos vistos, não conseguiu dar resposta. É esta a leitura que faço deste pedido de demissão, mas não sou ministro e não sei mais do que isto”, disse.
O autarca falou ainda em “carapuças” após as críticas de Ana Paula Martins na Assembleia da República. “Pelos vistos, alguém assentou em carapuça e foi feito o pedido de demissão, mas isso não é matéria”, acrescentou.
O presidente da Câmara recordou que a decisão foi tomada na sequência da polémica criada com o encerramento à noite da urgência pediátrica.
“Presumo que, eventualmente, a ministra – tal como eu – não terá gostado da decisão que, aliás, tem levado pais a manifestarem-se. E, portanto, a ministra tem todo o direito de saber o que poderia ter sido feito e não foi para evitar esta situação insustentável”, sustentou.
Fernando Ruas lamenta ainda que o Hospital de Viseu, que “deu tanto trabalho a conquistar e conseguir”, atravesse uma situação “complicada” com o encerramento da urgência pediátrica, obrigando os pais a deslocarem-se até Coimbra “por um famigerado IP3”. “Esta é uma situação que, enquanto responsável pela comunidade viseense, lamento muito porque não se resolveu isto durante tanto tempo”, sublinhou.
O autarca de Viseu promete ainda que tudo fará junto do Ministério da Saúde “para que esta situação seja resolvida e também junto do Ministério das Infraestruturas para que situações como o IP3 possam ter solução”.
Anteriormente, Fernando Ruas já Para presidente da Câmara de Viseu, administração do Hospital já deveria ter pedido a demissão, dizendo que este já não deveria estar em funções por causa do encerramento da urgência pediátrica.
As críticas da ministra da Saúde e o ‘bater da porta’ da administração do Hospital
Pediatria/Viseu: urgência referenciada começa a 17 de junho, mas ministra da Saúde admite que não é a solução ideal, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, considerou que as administrações hospitalares são “fracas” e deixou críticas ao CA da ULS Viseu Dão Lafões (que gere o Hospital de Viseu), nomeadamente pela forma como a instituição não consegue “reter” médicos.
“Viseu, há uns anos, era uma cidade onde os médicos, os enfermeiros e os profissionais gostavam de ir fazer os seus internatos e gostavam de ficar. É uma cidade que desenvolveu imenso e tem ali capacidades a vários níveis. Mas a realidade é que em janeiro deste ano uma grande parte dos médicos do serviço de pediatria saiu. Os internos apresentaram o papel de 150 horas e os especialistas o de 250 horas. Felizmente, ainda vamos mantendo o serviço à custa dos sacrifícios dos poucos médicos que já não têm idade para fazer urgência e que estão a aguentar a obstetrícia e aguentar este serviço aberto”, apontou.
A ministra, que disse que preferia ser ponderada e comedida nas suas declarações, realçou que a situação de Viseu é diferente de outras zonas do país. “Fala-se de mobilização, lideranças, atratividade… muitas vezes nós não deixamos organizações deixamos pessoas quando sentimos que não somos respeitados ou que não somos bem liderados”, concluiu no Parlamento.
A governante disse ainda que a proposta apresentada no início deste mês pelo CA demissionário não era a “ideal” para mitigar os problemas causados pelo encerramento no período noturno da urgência pediátrica.
Em resposta, ontem, o conselho emitiu um comunicado onde anunciou o pedido de demissão, alegando não haver condições para continuar em funções e concluir o mandato.
Na nota, o órgão presidido por Nuno Duarte diz que apresentou a demissão “face à falta de confiança manifestada no nosso desempenho enquanto líderes e gestores”. “Deixamos os nossos cargos com a consciência tranquila e com a certeza de que o trabalho realizado fala por nós”, lê-se na comunicação.