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A autarca do município de Penedono manifestou, através das redes sociais, a sua profunda indignação face à forma como o concelho tem sido tratado no combate ao incêndio florestal que alastra pela região.
“O nosso concelho está a ser cercado por este incêndio florestal que se tem vindo a alastrar por todas as nossas freguesias, vindo de concelhos limítrofes. É com o mais sincero pesar e frustação que o Município lamenta ter sido deixado ao abandono pelos altos comandos deste país”, lê-se na publicação que foi colocada cerca das 17h00 na página oficial do Facebook.
No comunicado dirigido aos munícipes, a autarca alertou que “o concelho está a ser cercado por este incêndio florestal que se tem vindo a alastrar por todas as freguesias, vindo de concelhos limítrofes”, lamentando que “volvidas 24 horas, não houvesse nenhum meio aéreo disponível para atuar no concelho de Penedono”.
“Desde ontem [quinta-feira] que estou a pedir meios, porque estava a prever esta situação, tendo em conta os concelhos limítrofes. Não temos meios aéreos. Temos todas as freguesias com focos de incêndios”, afirmou Cristina Ferreira.
A autarca de Penedono admitiu que se sentia “de pulsos e mãos atadas, com uma sensação de impotência muito grande, porque sem meios não se consegue fazer muito”.
A presidente disse que “Souto, Granja, Arcas, A do Bispo, Telhal, Ourozinho, Antas, Penela da Beira e Castaínço que continua a arder, está o concelho todo debaixo de chamas”.
“Estou sempre a pedir meio e eles não aparecem. Fomos abandonados”, reforçou.
Cristina Ferreira acrescentou que “são as pessoas com os seus meios que estão a combater o incêndio, juntamente com os bombeiros de Penedono”.
“Não estamos a conseguir dar vazão e, no meu ponto de vista, não há coordenação e lamento profundamente. Eu própria hoje, juntamente com outras pessoas já vivemos hoje alguns sustos”, contou.
Cristina Ferreira defendeu ainda que “o comando devia estar no concelho, porque os bombeiros que chegam ao local não sabem as terras e para onde devem ir”.
“Tenho estado a pedir meios e meios aéreos e nada. Como é que as minhas populações se vão salvar? Como é que o meu concelho de vai salvar?”, soltou.
A autarca social-democrata adiantou que, “até agora, as pessoas têm conseguido salvar os seus bens, nomeadamente as suas casas”, quanto a outros prejuízos, “ainda é cedo, porque ainda há muitas frentes ativas”.
“Não estamos a conseguir comunicar, estamos sem comunicações. Eu própria tenho de me deslocar para conseguir usar o telemóvel. Quanto a energia, há locais em que temos e noutros não. É como estamos aqui, abandonados”, revelou a autarca.
A presidente sublinhou que, apesar da ausência de apoio, “o município, em conjunto com toda a população, tem combatido ao nosso lado com todas as suas forças para salvar o que é seu e dos outros, permitindo que seja feito o possível e o impossível para pôr fim a esta tragédia que nos tem assolado”.
“Quero transmitir a todos vós o nosso sincero agradecimento pela vossa determinação, pelo vosso carácter, pela vossa força e sentido comunitário e pela vossa solidariedade que tem sido fulcral nesta luta atroz”.
O Incêndio de Trancoso e Sátão (que envolve mais de 10 municípios dos distritos da Guarda e Viseu), que agora está a ser tratado como um só fogo, já consumiu 56 mil hectares de mato e floresta.
Neste grande incêndio estão mais de 1500 operacionais, nove meios aéreos e oito máquinas de arrastos, apoiados por mais de 700 viaturas.
Os concelhos afectados na região de Viseu são: Sátão, Aguiar da Beira, Moimenta da Beira, Sernancelhe, Penedono e S. João da Pesqueira.