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23 de 07 de 2021, 18:45

Diário

Candidato a Viseu pelo Chega nega agressões e insultos homofóbicos

Pedro Calheiros presenciou a zaragata e, segundo o próprio, chegou a agarrar o jovem para acalmar a situação

Candidato à Câmaras de Viseu pelo chega Pedro Calheiros

Fotógrafo: Igor Ferreira

O candidato à Câmara de Viseu nas próximas eleições autárquicas pelo Chega, Pedro Calheiros, nega as supostas agressões e insultos de que foi acusado pelo jovem de 26 anos que terá sido agredido verbal e fisicamente pelos militantes do partido na última quarta-feira (21 de julho).

Em declarações ao Jornal do Centro, o candidato confirmou que esteve presente na zaragata e contou que “a pessoa estava a passar, foi-lhe dito ‘boa tarde’ e reagiu de uma forma verbalmente incorreta, foi uma explosão de má educação ao entrar para a loja onde trabalha, foi de uma violência verbal inusitada”. Entretanto, “a pessoa que lhe dirigiu ‘boa tarde’ disse-lhe ‘o senhor é um mal criado e precisava era que lhe tivessem dado duas bofetada’ e começa daqui uma discussão. Ele (jovem) meteu-se à frente e disse ‘então vem cá dar’”, acrescentou.

Um desacato que não acabou por ali. Depois, “a pessoa que está sentada levantou-se e quando se levanta ele tira os óculos, tentou agredi-lo deitando-lhe os óculos ao chão e essa pessoa (militante do Chega) nem se mexeu e ficou ali”, explicou.

O também vice-presidente da distrital de Viseu levantou-se e meteu-se entre os dois “e as coisas serenaram com a mesma pressa com que começaram”, garantiu, admitido que “agarrei-o de facto, para evitar que ele voltasse a agredir a pessoa, não fiz força nenhuma, nem ele”. Aos olhos de Pedro Calheiros, “foi uma atitude completamente desnorteada da parte dele e depois deve ter caído nele”.

Quanto aos insultos homofóbicos, Pedro Calheiros garante não ter ouvido nada do género e que desconhece que tenham sido recorrentes.

Já a alegada vítima das agressões verbais, em declarações ao Jornal do Centro, contou que, antes do episódio de violência, “ele  [agressor] estava sentado com todo o partido, começou a mandar bocas, a chamar-me de ‘Flor’ e ‘Maria Papoila’ e eu perguntei-lhe se o ‘conhecia de algum lado e o que ele tinha contra mim’. Entrei para o meu estabelecimento, vim buscar um computador e assim que saí perguntou-me se queria levar duas chapadas e eu disse-lhe que não falava com imbecis e ele começou a bater-me”.

Veja o resto da história na seguinte notícia . Também alguns partidos já reagiram às agressões e os insultos homofóbicos alegadamente cometidos por militantes do Chega na passada quarta-feira.