reuniao camara viseu
rio pavia viseu recinto feira de são mateus bom tempo foto genérica
appacdm viseu serra do crasto web
arrendar casa
janela casa edifício fundo ambiental
Estate agent with potential buyers in front of residential house

Em tempos passados, não era o branco que marcava os casamentos, era…

05.05.25

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

05.05.25

Neste Dia da Mãe, o Jornal do Centro entrou em ação com…

04.05.25
rio criz tondela poluição
Tondela_CM_Manuel_Veiga 2
clemente alves candidato cdu lamego
Chefs Inês Beja e Diogo Rocha na ativação Academia dos Segredos Gastronómicos de Viseu Dão Lafões web
cm-penedono-turismo-patrimonio-arqueologico-Dolmen-da-Capela-de-Nossa-Senhora-do-Monte--Penela-da-Beira-
tintol e traçadinho
Home » Notícias » Diário » Quando a luta se une à arte. Marcha LGBTQIA+ de Viseu tem novo cartaz

Quando a luta se une à arte. Marcha LGBTQIA+ de Viseu tem novo cartaz

pub
 Quando a luta se une à arte. Marcha LGBTQIA+ de Viseu tem novo cartaz - Jornal do Centro
20.08.22
fotografia: Jornal do Centro
partilhar
 Quando a luta se une à arte. Marcha LGBTQIA+ de Viseu tem novo cartaz - Jornal do Centro
20.08.22
Fotografia: Jornal do Centro
pub
 Quando a luta se une à arte. Marcha LGBTQIA+ de Viseu tem novo cartaz - Jornal do Centro

É a 9 de outubro que, em Viseu, volta a sair à rua uma nova marcha pelos direitos da comunidade LGBTQI+. Será a quinta manifestação por direitos iguais por parte de lésbicas, gays, bisexuais, transgéneros, queer, intersexo, assexuais e demais possibilidades de orientação sexual e identificação de género.

Tiago Resende é um dos ativistas que está na plataforma Já Marchavas desde início. As iniciativas pela igualdade começaram em Viseu, há cinco anos. Ao Jornal do Centro, garante confiar que o caminho se faz caminhando e que houve passos importantes, mas pede que se aplique com urgência um Plano municipal LGBTQIA+. Nesse documento, estaria definida uma política local que, diz Tiago Resende, “permita aumentar a visibilidade, a participação e a igualdade de todas as pessoas”, nos mais variados lugares ou circunstâncias como “no espaço público, no acesso à saúde, no trabalho, no ensino, na cultura, na habitação, no desporto”. Defende o ativista que “essa prática tem de partir do serviço público como exemplo”.

Um documento que, diz a plataforma Já Marchavas, iria trazer proteção e igualdade a quem nem sempre é bem acolhido em serviços públicos. “As autarquias têm de prestar serviços onde não exista essa discriminação e preconceito. Em Viseu há pessoas que, quando se deslocam a serviços municipais, muitas vezes não sabem se esse apoio existe e não são bem recebidas”, exemplifica. Esta reivindicação vai estar no documento assinado por todas as entidades que apoiam a marcha.

Nesta quinta edição, a organização escolheu a ilustradora Maria Margarida para desenhar o cartaz do evento. No desenho, que retrata a fachada do Banco de Portugal e do Clube de Viseu, pode ver-se a marcha a chegar ao Rossio. Ali surgem pessoas a erguer cartazes, bandeiras arco-íris, balões em forma de coração e pessoas, muitas pessoas: idosos, jovens, crianças e adultos.

A artista viseense diz ter recebido por parte da Já Marchavas apenas um pedido: desenhar a diversidade. “Deram-me completa liberdade para fazer o que quisesse. A questão que ficou definida desde início era garantir a representatividade. De resto, a ilustração foi feita à medida que desenhava. Fiz muita pesquisa de outros cartazes e filmes LGBT para estar dentro do tema. A ilustração foi surgindo também através do diálogo com o Tiago [Resende] que me foi dando algumas ideias. Por exemplo, um dos detalhes de que eu gosto bastante, surgiu dele: os cravos vermelhos, relativos ao 25 de Abril. Deu um toque mesmo fixe e muito português à ilustração”, assinala.

Os cravos, lançados por alguém numa das janelas do Banco de Portugal foi um dos pormenores que mais agradou a Tiago Resende. Simbolizam os valores da Liberdade. Nada disto seria possível sem 25 de Abril. Esta alegria e cores estão bem representados pela Maria”, refere.
Numa altura em que se discute a nível internacional a ligação da arte ao protesto e à cidadania, Maria Margarida diz que um artista fará arte “pelo puro prazer” que lhe dá. Ainda assim, diz, “como indivíduos criativos, capazes de facilitar a transmissão de uma ideia, é importante que usemos a nossa capacidade de comunicação para passar estas mensagens”.

O cartaz, confessa, demorou duas semanas a ser pensado, desenhado e pintado. “Procurei ao máximo criar uma marcha com diversas etnias, sexualidades, género e idades. É muito importante que várias pessoas consigam olhar para uma ilustração que faça e rever-se nela. É fundamental e bastante bonito”, afirma a artista. A juntar ao desenho, Miguel Cardoso ficou responsável pelo design gráfico.

Em 2022 passam quarenta anos desde a eliminação da homossexualidade enquanto crime praticado em Portugal. Só em 1982 é que o Código Penal português riscou da lista de crimes ser-se homossexual. “Foi um momento histórico e a plataforma quer evocar essa data. Assim como passam 32 anos desde a eliminação da homossexualidade da lista de doenças mentais”, recorda Tiago Resende, que diz ser importante reforçar que “é da memória que se faz o caminho das lutas”.

Nascida em Viseu, Maria Margarida avança que a cidade está a “caminhar, ou melhor, a marchar para a inclusão”. Esse sentimento, diz a artista, “só haverá verdadeira inclusão quanto todos se sentirem seguros para serem quem são” e que isso ainda está por cumprir. Dia 9 de outubro sairá à rua mais uma marcha “pela igualdade e inclusão”.

pub
 Quando a luta se une à arte. Marcha LGBTQIA+ de Viseu tem novo cartaz - Jornal do Centro

Outras notícias

pub
 Quando a luta se une à arte. Marcha LGBTQIA+ de Viseu tem novo cartaz - Jornal do Centro

Notícias relacionadas

Procurar