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Nove cidades de outros tantos países europeus assumiram em Mangualde o compromisso de serem mais sustentáveis e, para isso, vão trabalhar estratégias de habitação, investimento, património, cultura e turismo.
“Há estratégias que já decorrem em municípios, mas neste encontro ficou assumido um compromisso muito claro em matérias importantes para a sustentabilidade e atração e fixação de pessoas nos nossos territórios”, disse à agência Lusa o vice-presidente da Câmara de Mangualde, João Pedro Cruz.
O responsável referiu áreas como “a habitação, a cultura, o património, o turismo, a captação de mão-de-obra qualificada e o investimento, porque tudo isto atrai e fixa novos residentes”, o objetivo deste projeto europeu.
Mangualde é o único município português a integrar o projeto europeu “Residents of the Future” [Residentes do Futuro] URBACT IV e tem um financiamento global de mais de 827 mil euros.
As nove cidades, uma de cada país, que integram o projeto têm características em comum, sendo que todas têm menos de 100.000 habitantes e que, nos últimos anos, têm perdido população de forma contínua.
Sensivelmente, de quatro em quatro meses, as localidades envolvidas realizam encontros para trabalharem medidas para combaterem a perda de população e conhecerem as diferentes realidades. O próximo está agendado para março de 2025, em Alba Lulia, na Roménia.
Esta semana, Mangualde acolheu representantes de Alba Lulia (Roménia), Saldus, (Letónia), Plasencia (Espanha), Lisalmi (Finlândia), Saint-Quentin (França), Comune di Mantova (Itália), Trebinje (Bósnia e Herzegovina) e Šibenik (Croácia).
“Há um ponto comum e transversal a todos, é que o plano de ação tem de ser sustentável e muito vocacionado para a economia verde e para ações muito concretas na área da transição energética e digital”, destacou João Pedro Cruz.
O coordenador local do projeto, José António Lopes, disse à agência Lusa que o compromisso para este plano de ação foi assente num conjunto de pontos que foram identificados em todas as cidades e que é preciso trabalhar.
“São áreas extremamente sensíveis que têm de ser abordadas, como é o caso da habitação, ou a falta de habitação acessível para a grande população, seja para arrendamento ou aquisição”, salientou José António Lopes.
Agora, o trabalho é “encontrar meios e/ou ações inovadoras para atacar este problema” e é isto que o grupo local, constituído por decisores políticos locais, organizações não governamentais (ONG) e cidadãos mangualdenses, irá fazer até ao próximo encontro, adiantou.
Há também “preocupação na transição digital para facilitar os atuais e integração de novos residentes em todos os serviços possíveis, nos municipais, mas também na justiça, educação e saúde, por exemplo, de forma a ser mais sustentável e agradável”.
“A sustentabilidade ambiental e a qualidade em geral da vida na cidade é também uma preocupação de todos os parceiros e isso passa não só pelos serviços básicos urbanos como também na área social com a integração de emigrantes”, realçou.
José António Lopes acrescentou que os nove parceiros do projeto “estão a perceber que parte da solução para o crescimento é a integração dos emigrantes que já hoje procuram estas cidades” que integram a rede.
Estas áreas, especificou, levantam outras questões “muito necessárias” a ter em conta no plano de ação como “a atração do investimento que promova emprego e que seja qualificado” e isto, realçou, “são pontos a ter em conta neste trabalho agora iniciado”.