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O Património Cultural voltou a lançar dois concursos para reparação e restauro da e na Sé de Viseu, envolvendo o total de mais de 1,2 milhão de euros (ME), disse hoje à agência Lusa a responsável.
“Estes concursos saem, pela segunda vez, em separado, já tinham saído duas vezes juntos, num só, e o objetivo de separar os lotes foi precisamente”, para se “conseguir uma maior abertura das empresas”, disse à agência Lusa a coordenadora do Departamento de Bens Culturais da Diocese de Viseu.
Fátima Eusébio acrescentou que “não há empresas que reúnam em conjunto as especialidades de reabilitação e de restauro do património e de determinados bens” que fazem parte da Sé de Viseu.
“Depois de dois concursos desertos, em setembro dividimos em dois lotes, a conservação e restauro de um lado e do outro a arquitetura e outras reparações e, mesmo assim, estamos a repetir os concursos com valores diferentes”, sublinhou.
Os dois concursos, lançados pelo Património Cultural, IP (Instituto Público) foram publicados esta semana em Diário da República.
Um destina-se à arquitetura e outras reparações, em mais de 700 mil euros, “é para intervenção nas janelas, portas, cobertura, escoamento das águas e limpeza exterior na parte de trás” da Sé.
“Neste momento, com o temporal que está a acontecer, tem entrado água em alguns pontos da Sé de Viseu, no próprio museu, através das próprias janelas e estamos a atravessar alguns problemas graves”, revelou Fátima Eusébio.
O outro concurso, de quase meio milhão de euros, destina-se à conservação e restauro de “bens degradados, como retábulos, painéis de azulejo, uma série de esculturas e os bancos dos claustros”, especificou Fátima Eusébio.
Esta responsável revelou à agência Lusa “alguma preocupação, quase desespero” no que toca a estes concursos que são financiados pelo Plano de Recuperação e resiliência (PRR) e,” por isso mesmo, há prazos a cumprir e que estão a terminar”.
O tempo disponível é “muito limitado e se não conseguirmos, o dinheiro volta para trás e, pior, as obras deixam de ter possibilidade de concretização, o que é de uma imensa tristeza, porque elas são muitíssimo necessárias”, realçou Fátima Eusébio.
A coordenadora do Departamento de Bens Culturais da Diocese de Viseu disse saber que “não é um problema isolado, há muitos concursos desertos, porque há muitas obras a acontecer e não há mão de obra, mas é necessário fazer algo para se conseguir aproveitar o financiamento” do PRR.
“Além de que muitas destas obras, como é o caso da Sé de Viseu, necessitam de mão de obra muito especializada, porque estamos a falar de reparações muito complexas, já que se trata de restauro de bens com muitos anos”, salientou.
Para “evitar o risco de não se concretizarem, o montante dos concursos tem sido sempre reforçado de maneira que haja empresas a concorrer” para que as obras possam avançar e “evitar uma maior degradação” da Sé e dos bens ali existentes.