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Assisti em 2 de junho à conferência “O Futuro é no Interior”, inserida nas comemorações dos 25 anos do Diário de Viseu. Debateram-se temas como a Regionalização, Investimento-Público, Talento, Turismo e Empreendedorismo. Naturalmente que uma música tão variada foi tocada a vários tons, com notas graves e notas mais harmoniosas.
A certa altura lembrei-me de uma entrevista que fiz a um grande líder chamado Rui Nabeiro. Quando lhe perguntei se ele também teve sorte, aí riu e respondeu-me: “Oh meu filho! A sorte é quando as tuas competências encontram as oportunidades. Se há só uma delas, então não acontece nada.”
O tema central desta conferência apontava para um futuro no interior como terra de oportunidades! A pergunta que me ocorre é saber se existem nestas terras e em simultâneo as oportunidades/competências? O investimento público tem uma explicação política e resulta de um sistema partidário que apenas procura conquistar votos. Investem em Lisboa e Porto, porque aí o mercado desses votos conta-se aos milhões e no interior apenas ás centenas. O interior pode ser uma terra de oportunidades, mas faltam as competências políticas para se olhar o país inteiro.
É verdade também, como dizia F. Ruas, para regionalizar é preciso descentralizar! Esse é um problema de aprendizagem, precisa ser aprendido, exercido e ensinado…Mas a competência só existe se exercida. Não é efetiva porque o poder central não tem suficiente confiança nas autarquias; porque confunde descentralizar com alienar; porque a organização e funcionamento dos governos está amarrada a ministérios, a organizações verticais e burocráticas e não á gestão horizontal da realidade dos territórios; porque as escolas partidárias não formam para uma visão onde o país está sempre primeiro; porque descentralizar precisa de cidadania.
Porque é que o tom da conferência se harmonizou quando se falou de turismo? Porque aí há oportunidades; competências disponíveis; sociedade civil/iniciativa privada; escolas e um nicho da administração pública que anda e conhece o território! Porque sorte, como diz Nabeiro, só quando as nossas competências encontram as oportunidades…
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