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Além dos tradicionais jantares e reencontros entre amigos e família, a passagem de ano é marcada, um pouco por todo o mundo, por rituais e costumes que misturam crenças religiosas, heranças pagãs e gestos simbólicos repetidos de geração em geração. Apesar das diferenças culturais, todas estas tradições partilham um mesmo propósito: atrair boa sorte, prosperidade, amor e felicidade para o novo ano que se aproxima.
Em Portugal, a tradição mais enraizada acontece à meia-noite, com as 12 badaladas a serem acompanhadas pela ingestão de 12 passas, uma por cada mês do ano, enquanto se pedem 12 desejos. A noite começa, por norma, com um jantar em ambiente familiar ou entre amigos, à mesa de pratos típicos e doces da época, prolongando-se em animação até ao momento simbólico da entrada no novo ano. Entre os costumes nacionais mais comuns contam-se o uso de uma peça de roupa nova, saltar de uma cadeira com dinheiro na mão, no bolso ou no sapato, fazer barulho com tampas de panelas, buzinas ou apitos para afastar o mau olhado, entrar com o pé direito, brindar com espumante, assistir ao fogo de artifício, beijar o companheiro à meia-noite, dar um mergulho no mar durante a noite ou no dia seguinte e cantar as Janeiras, entre muitos outros rituais populares.
Fora de portas, as tradições variam, mas mantêm o simbolismo da renovação. Em Espanha, tal como em Portugal, celebram-se as 12 badaladas, embora seja mais comum o consumo de uvas em vez de passas. Em Madrid, milhares de pessoas reúnem-se na Puerta del Sol para a contagem decrescente, seguindo depois para bares e discotecas. Em Itália, é costume escrever desejos num papel e atirá-lo à lareira, acreditando que o fogo ajudará a concretizá-los. Simbolizando o recomeço, muitos italianos deitam fora roupas ou objetos antigos, e a lingerie vermelha é considerada essencial para atrair sorte no novo ano.
No Brasil, onde o verão convida às celebrações ao ar livre, a passagem de ano é frequentemente festejada na praia. O Rio de Janeiro, em particular a praia de Copacabana, torna-se palco de grandes concertos e de um dos mais famosos fogos de artifício do mundo. Vestir roupa branca e saltar sete ondas, oferecendo flores ao mar em homenagem a Iemanjá, é um ritual seguido por milhares de pessoas. No Reino Unido, Londres recebe um dos réveillons mais emblemáticos, com fogo de artifício nas margens do rio Tamisa, sincronizado com as badaladas do Big Ben.
Na Irlanda, algumas tradições combinam superstição e coragem. Diz-se que as raparigas solteiras dormem com azevinho debaixo da almofada para atrair um novo amor, enquanto os mais ousados mantêm viva a tradição de mergulhar nas geladas águas do Atlântico na manhã de 1 de janeiro. Em França, Paris concentra as atenções, com celebrações na Avenida Champs-Élysées, fogo de artifício e brindes com champagne.
Nos Estados Unidos da América, o beijo à meia-noite é a tradição mais emblemática. Em Nova Iorque, a Times Square enche-se para assistir à descida da famosa “Eve Ball”, que marca oficialmente a entrada no novo ano num ambiente de grande euforia. Já nas Filipinas, a superstição dita o uso de roupa às bolas, associadas à forma das moedas, acreditando-se que atraem prosperidade financeira, de preferência com bolsos cheios de moedas. No México, o ritual de limpeza simboliza renovação: casas, roupas e bens são lavados para afastar o passado e abrir espaço a um novo começo.
Entre crenças, festas e simbolismos, a passagem de ano continua a ser um momento universal de esperança, onde cada cultura encontra a sua própria forma de celebrar o futuro.