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Esqueça os destinos mais populares do Instagram e as fotos da moda. As novas gerações estão agora mais interessadas em redescobrir o mundo com o mapa de família na mão.
Revisitar as aldeias dos avós, recriar a lua de mel dos pais ou localizar os cenários que aparecem no álbum que estava fechado há anos numa gaveta são uma das tendências do turismo atual. Os Ingleses chamaram-lhe “inheritourism”, ou turismo de herança, e o objetivo principal é a reconexão com as origens familiares, culturais ou geográficas.
Com tantos lusodescendentes espalhados pelo mundo, não falta quem se desloque a uma pequena aldeia serrana ou a uma grande cidade, como Viseu, à procura de familiares que não conhece. Em vez de percursos turísticos tradicionais, estes viajantes seguem roteiros emocionais: procuram as casas de infância, as igrejas onde os avós se casaram ou os cenários captados em fotografias a preto e branco.
Mais de metade dos viajantes das gerações millennial e Z mostra interesse em conhecer os lugares de onde são oriundos os seus antepassados, segundo um estudo recente da cadeia hoteleira Hilton. E não são apenas os que residem no estrangeiro, uma vez que o turismo interno também reflete esta tendência.
Para as autarquias e os agentes locais, este movimento representa uma oportunidade para revitalizar aldeias e tradições. Restaurar capelas, preservar arquivos paroquiais e promover roteiros genealógicos pode ser uma oportunidade para atrair visitantes movidos por laços afetivos e culturais, mais duradouros do que os do turismo convencional.
Os especialistas chamam-lhe “viagem identitária”, e a Beira Alta está particularmente bem posicionada para este tipo de turismo, uma vez que muitos naturais da região se estabeleceram noutros pontos do país. São também muito comuns na região de Viseu os registos de lusodescendentes vindos de França, Suíça, Luxemburgo e Brasil em busca das suas origens.
A Região de Turismo do Centro tem apostado bastante na difusão de programas que sublinham o património e a História desta zona, nomeadamente a importância das aldeias históricas, de montanha e do xisto – locais ancestrais, cujos núcleos urbanos foram preservados e que ainda hoje podem ser visitados e explorados.
Esta viagem ao passado tornou-se muito mais fácil desde que a internet existe. Por um lado, porque é possível prepará-la à distância e, por outro, porque permite uma comunicação imediata com familiares distantes e a pesquisa de informações sobre o local visitado em tempo real.
Uma vez que estes locais são muitas vezes recônditos, a solução mais conveniente para os viajantes é um eSIM, que lhes permite aceder à internet em qualquer país, sem terem de depender de lojas ou chips físicos. Para quem ainda se pergunta o que é um eSIM, trata-se de uma versão digital do cartão SIM físico que pode ser ativada remotamente, facilitando comunicações e pesquisas em viagem.
As novas tecnologias estão a transformar o modo como viajamos: se atualmente não se questiona o smartphone como companhia, também é verdade que uma rede segura deve fazer parte da bagagem. Nada melhor, por isso, do que beneficiarmos da experiência do turismo de herança com ferramentas do século XXI.