bombeiros voluntários de viseu cidade
Futebol União de Leiria vs Tondela
chamito académico de viseu
aluguer aluga-se casas
Casas Bairro Municipal Viseu 3
casa-habitacao-chave-na-mao - 1024x1024

No coração do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, há…

21.08.25

Reza a lenda que foi um árabe, há mais de mil anos,…

14.08.25

Seguimos caminho por Guimarães, berço de Portugal e guardiã de memórias antigas….

07.08.25
jose-damiao-tarouca-232
ps campanha
camapnha10
palavras e letrasjpg
exposição lego viseu
all dance
Home » Notícias » Colunistas » Uma fraude mal-ajambrada

Uma fraude mal-ajambrada

 2025 – Ano da Palavra
14.09.24
partilhar
 Uma fraude mal-ajambrada

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

1. À hora em que escrevo este Olho de Gato, o congresso espanhol está a debater uma recomendação para que o governo de Pedro Sánchez reconheça Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela.
E ele venceu mesmo. As 24.532 actas publicadas online pela oposição são autênticas, foram impressas pelas máquinas das mesas de voto na noite eleitoral, todas elas com um código QR e com assinatura de membros da mesa e delegados dos partidos. Kiko Llaneras, o responsável pela análise de dados do El País, fez os cálculos: Edmundo González obteve 7.156.462 votos (67,1%) e Nicolás Maduro ficou-se pelos 3.241.461 (30,4%). Os analistas do New York Times chegaram a um resultado equivalente.  
Do outro lado, os números que o comité eleitoral chavista avançou para os dois candidatos davam uma percentagem com “cinco casas decimais idênticas”. Uma impossibilidade. “A fraude eleitoral mais mal-ajambrada da história”, gozou Ruy Goiaba na revista online Crusoé. Jorge Fernandes, no Observador, perante aquele roubo descarado, fez a pergunta óbvia: “Porque é que as ditaduras fazem eleições?”
Putin ainda as faz. Xi Jinping não está para isso e Salazar bebeu nas mesmas águas: depois das dores-de-cabeça que teve com a candidatura de Humberto Delgado nas eleições presidenciais de 1958, o ditador acabou com elas.

2. Nascido em Moimenta da Beira, em 1904, Eduardo Salgueiro foi um lutador pela liberdade e um editor pioneiro e visionário. O jornalista Rui Bondoso fez-lhe uma biografia bem documentada e bem escrita: “O Editor Esquecido, Eduardo Salgueiro e a Editorial Inquérito”.
Nela, o autor descreve o casamento de Eduardo, em 1937, com Emília Guerra, então “uma das primeiras e das poucas mulheres licenciadas” e que era professora de liceu em Lisboa. Ora, no ano lectivo 1947/48, já com três filhos, Emília foi colocada no liceu de Viseu, a 300 km de casa. Foi castigada só por ser casada com um opositor a Salazar.
“Malvado regime!” Caiu há meio século, num dia luminoso. Maduro também há-de cair de podre. Este excelente livro de Rui Bondoso é uma homenagem a Eduardo Salgueiro, à liberdade e aos 50 anos do 25 de Abril.

 2025 – Ano da Palavra

Jornal do Centro

pub
 2025 – Ano da Palavra

Colunistas

Procurar