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Viticultores alertaram para a crise no Douro mas separaram-se na hora do protesto

Viticultores queixam-se de dificuldades como os custos de produção e da mão de obra, com uma pipa de vinho (750 quilos de uvas) vendida a 200 ou 300 euros

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 Viticultores alertaram para a crise no Douro mas separaram-se na hora do protesto

Os viticultores que esta quarta-feira se juntaram na Régua, numa manifestação, acabaram por se dividir, com uns a seguirem o protesto pelas ruas da cidade e outros a ficarem em frente ao edifício da estação.

A manifestação foi convocada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e foram entre 400 e 500 os produtores que se concentraram em frente à estação da Régua, no distrito de Vila Real. Mas, na hora dos manifestantes avançarem, uns seguiram a organização pelas ruas da cidade, enquanto outros permaneceram no mesmo local. Ouviu-se a música de Zeca Afonso “Grândola Vila Morena” e apesar do cântico “Douro unido jamais será vencido”, os viticultores separaram-se devido a divergências quanto à forma como deveria decorrer o protesto.

Os manifestantes empunharam cartazes onde se podia ler “O Douro está no abismo, na defesa da nossa sobrevivência e das nossas terras nós conseguimos”, “Nascemos sem futuro”, “Queremos escoamento para as nossas uvas”, “Fiscalizar mostos e vinhos oriundos de fora da região”, “Nós fizemos o património”, “Viticultores do Douro exigem ao Governo tratamento igual à TAP e ao BES”, “Fiscalizar mostos e vinhos oriundos fora da região” e “Vinhos do Douro só com uvas do Douro”. Alguns vestiram camisolas negras e o viticultor Manuel Covas até carregou um pulverizador às costas, usado para fazer os tratamentos nas vinhas.

“A vindima está à porta e há casas exportadoras que estão a rejeitar as uvas dos viticultores, e isso é muito mau. O viticultor no ano passado passou por uma crise bastante grande e com esta segunda crise não aguenta”, afirmou o agricultor de São João da Pesqueira, que disse ter abandonado a vinha porque não pode “injetar lá dinheiro da reforma”. E por isso, frisou, precisa que o “Governo tome medidas urgentes”, tais como a destilação de crise, “nem que seja pela última vez, para aliviar as adegas e para que tenham capacidade para receber a vindima deste ano”.

“Estamos a passar miséria mesmo, acaba-se por vender o produto barato, que é o caso das uvas e depois quem vai a um restaurante paga uma balúrdio por uma garrafa e nós vendemos ao preço quase da chuva”, afirmou Vitor Souto, de Tabuaço.

O produtor elencou dificuldades como os custos de produção (produtos e combustíveis) e da mão de obra e, depois, disse que a pipa de vinho (750 quilos de uvas) é vendida a 200 ou 300 euros. “No ano passado consegui vender as uvas, mas a preços muitos baratos. Só na vindima gastamos o valor que recebemos pela pipa de vinho”, frisou.

Por isso, frisou que é importante vir aqui esta quarta-feira “para abrir os olhos dos governantes para eles perceberem o que se está a passar”. “Estamos a ser muito prejudicados, o Douro é Património da Humanidade, mas se nós começarmos a desistir disto ficam cá as silvas e giestas e depois quero ver o que o que vão mostrar aos turistas”, salientou Vitor Souto.

Jorge Teixeira, da Régua, gritou várias vezes “chega”. “Chega de gastarmos o dinheiro e não vermos o nosso rendimento, nós estamos a empobrecer alegremente”, salientou. Ester Ventura, de Armamar, vendeu as vinhas “porque o vinho não dava dinheiro”. “A gente andava desgarrada todo o ano a trabalhar e o vinho não se vendia e o que se vendia era barato”, frisou.

“Onde estão os viticultores, a Casa do Douro tem que estar presente. É mostrar que não estamos contentes com o que está a acontecer, o momento da viticultura no Douro é de espiral negativa”, afirmou o presidente da instituição, Rui Paredes, que disse que o Governo está a estudar algumas medidas para a região.

Uma das medidas propostas é a uva para destilação, que pressupõe que o viticultor possa colher uvas que se destinem exclusivamente à destilação, com compensações financeiras diretas. “O Douro está de luto há muitos anos e já não aguenta mais”, garantiu Marinete Alves, viticultora que defende a produção de aguardente a partir de uvas da região, uma medida que diz que deve ser implementada gradualmente, bem como a definição de um preço mínimo para a venda da uva e a criação do Observatório da Uva.

Os manifestantes que prosseguiram percorreram a principal avenida da Régua, a João Franco, passando depois pela sede da Casa do Douro e do IVDP, onde houve alguns discursos por parte dos organizadores do protestos.

Os restantes mantinham-se às 12h00 em frente à estação, bloqueando o trânsito num dos principais acessos à cidade do sul do distrito de Vila Real.

Pelas 12h50, todos os manifestantes já tinham desmobilizado e o trânsito na zona da estação começou a circular com normalidade.

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