À procura de vistas de cortar a respiração? Situado na EM326, em…
Quer fazer parte de uma equipa com mais de 20 anos de…
No quarto episódio do Entre Portas, um podcast da Remax Dinâmica em…
Na votação online, organizada pela Porto Editora, a palavra do ano foi PROFESSOR. Quando ouvi o anúncio, na TSF, fiquei satisfeito, fez-se justiça a um grupo de mulheres e homens cuja ação é fundamental na educação das nossas crianças e jovens, mas também para todos os que não desistem de aprender e apostam na aprendizagem ao longo da vida. A educação é a base da civilização, da democracia, da cidadania, da participação social e do convívio interpessoal e intergeracional.
Os dados do INE (novembro de 2023) devem inquietar-nos, as pessoas em pobreza monetária subiram de 16,4% (2021) para 17% (2022); o agravamento da pobreza foi mais intenso entre as crianças e jovens (passou de 18,5% para 20,7%); a desigualdade social, o buraco entre os rendimentos dos 20% mais ricos e os 20% mais pobres cresceu (os mais ricos ganham 5,6 vezes mais do que os mais pobres). A educação é a chave do combate às desigualdades sociais e à pobreza. Em tempos de compromissos eleitorais, é fundamental que as propostas sejam claras, sérias, exequíveis e, posteriormente, executadas. É urgente a normalização da vida das escolas. Não podemos continuar a assistir a greves, mesmo sendo justas, sucessivas e à falta de professores, uma tendência acentuada pela desvalorização social da profissão e imprevisibilidade na evolução de uma carreira que já quase não consegue atrair candidatos, quanto mais novos talentos e vocações que façam a diferença. Salvam a “honra do convento”, mitigando as dificuldades que se vivem lá dentro, uma maioria significativa de profissionais qualificados, abnegados e resilientes que gostam dos seus alunos e da profissão que decidiram abraçar.
O aspeto negativo da obtenção do 1.º lugar pela palavra PROFESSOR, é a motivação dos votantes: “Professor” foi a Palavra do Ano de 2023, com cerca de 43 mil votos, na votação online organizada pela Porto Editora. O termo remete para as greves que foram organizadas pelos professores durante o último ano, reivindicando a recuperação do tempo de serviço que esteve congelado e alertando para os problemas nas suas condições de trabalho.” (Público, 03 de janeiro de 2024) Idêntica motivação colocou a palavra MÉDICO na segunda posição: “Também as greves dos médicos tiveram impacto nos vocábulos que foram mais votados nesta eleição da Porto Editora.” Seria mais condicente e justo, com ambos os grupos socioprofissionais, que as motivações subjacentes às votações fossem a natureza das suas funções e o inestimável contributo que dão em duas áreas fulcrais das nossas vidas: EDUCAÇÃO e SAÚDE.
Fica a esperança de, no ano que agora se inicia, a eleição da palavra PROFESSOR servir como motor de arranque para a revalorização da profissão, reconhecimento social e uma nova era de políticas públicas que lhes devolvam as condições necessárias para que possam cumprir a sua missão e contribuir para o desenvolvimento de um país que não merece tornar-se numa espécie de “carro vassoura” e ser relegado para a cauda de uma Europa que vive momentos complexos e incertos.
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
José Carreira
por
Carlos Vieira
por
Joaquim Alexandra Rodrigues
por
Paulo Lima