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Home » Notícias » Desporto » António Loureiro desiste da candidatura à Associação de Futebol de Viseu

António Loureiro desiste da candidatura à Associação de Futebol de Viseu

 António Loureiro desiste da candidatura à Associação de Futebol de Viseu
11.03.24
fotografia: Jornal do Centro
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 António Loureiro desiste da candidatura à Associação de Futebol de Viseu
09.10.24
Fotografia: Jornal do Centro
 António Loureiro desiste da candidatura à Associação de Futebol de Viseu

António Loureiro já não é candidato à presidência da Associação de Futebol de Viseu (AFV). O anúncio foi feito num comunicado divulgado pelo ex-presidente do Lusitano de Vildemoinhos, que tinha anunciado a intenção de concorrer à liderança da entidade máxima do futebol distrital Viseu: António Loureiro é candidato à Associação de Futebol.

António Loureiro ia ter como adversário no ato eleitoral marcado para este ano o atual presidente da AFV, José Carlos Lopes, que se “Nunca pensei em demitir-me”, assume presidente da Associação de Futebol de Viseu. O novo mandato termina em 2028.

Numa nota publicada na página A Voz dos Clubes, António Loureiro justifica a desistência por, diz, ter sido confrontado com “uma série de obstáculos, de interesses pessoais, de motivações políticas e de chantagem emocional com as quais não quero e não posso pactuar”, deixando também duras críticas à direção da atual associação.

António Loureiro diz ainda que desistiu “no respeito das minhas convicções pessoais e princípios éticos pelos quais sempre me pautei” e recorda que se candidatou “porque um reduzido grupo de pessoas influentes na sociedade civil, outras ligadas ao futebol, ao futsal, ao futebol de praia e alguns amigos” o incentivaram a dedicar parte do seu tempo “a favor de uma causa maior no distrito, o futebol e tudo o que a esse desporto está ligado”.

“Entendi fazê-lo, porque consegui reunir uma equipa de gente capaz, competente, com imensas provas dadas na AFV e na região, mulheres e homens que entendem que o desporto deve ser um fator de inserção, de igualdade, de participação na vida social, de tolerância, de ética, de aceitação das diferenças e de respeito pelas regras”, acrescenta, referindo que com eles conseguiu construir “um programa” capaz de “catapultar a pobreza do panorama atual para excecionais níveis de referência nacional”.

No entanto e sem mencionar nomes, António Loureiro diz que algumas das figuras que o incentivaram a candidatar-se são “hoje, ao que consta categoricamente, membros candidatos aos órgãos sociais da lista adversária”, apontando mesmo o dedo em particular a “dois conhecidos dirigentes partidários distritais.

O ex-candidato considera também que, na AFV, continua a haver “mais interesses políticos que vontade de promover o desporto no distrito”. “Por continuar a manter esse princípio de valor de que essa relação é tóxica para o desporto onde queremos formar os nossos jovens, não serei capaz de lidar com essa situação e, sobretudo, com os interesses pessoais que estarão por detrás dessa relação”, lamenta.

António Loureiro aponta ainda o dedo à direção da AFV, dizendo que os clubes do distrito estão reféns dos “interesses pessoais instalados” na atual estrutura diretiva da associação que, acusa, usa “vários estratagemas de completa desonestidade intelectual e desportiva e a coberto de uma magistratura de influência política”.

O ex-candidato agradece aos clubes que lhe manifestaram apoio e incentivo e também à equipa que trabalhou com ele na candidatura, referindo que o trabalho “valeu pelo contributo de ideias que preconizámos e que deixamos ao favor dos clubes e da próxima direção da AFV, se os quiser e souber pôr em prática”.

“Abdico da candidatura porque não devo nem posso colocar a equipa de pessoas que em mim confiou perante este doentio ambiente, onde o que prima é a falta de coluna vertebral e a total ausência de valores e de princípios éticos que o futebol deve cultivar, a favor da formação de jovens cada vez mais saudáveis e cidadãos plenos numa democracia madura e séria”, escreve no comunicado divulgado no último fim de semana.

António Loureiro também deixou a esperança de que os clubes do distrito “ganhem voz” e se consigam livrar das “amarras que, no ano em que se comemoram 50 anos de liberdade os mantêm na masmorra dos interesses mesquinhos, pessoais e políticos de uns quantos que não vivem para o futebol, mas sim do futebol”.

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