Luna Fest, Coimbra
fica castro daire
Feira do Linho e Produtos Locais várzea de calde viseu
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2
221221102816ea5e4a48ad2623f3eea1d59d63cf34ae78d05d1d
140122144234ddd8df4b510d3e43d02babb42d9dd1f2fb699a5c

Atualmente o custo de uma habitação é muito elevada, assim como uma…

05.09.24

Tilhon é nome maior na música de Viseu. No rap leva viseenses,…

03.09.24

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

02.09.24
Velis Elecro 01 aviao elétrico viseu
080923144658c46a387995cde301dfcf43689ef94c4a3cb1ffd8
Businessman using tablet and laptop analyzing sales data and economic growth graph chart. Business strategy. Digital marketing
Home » Notícias » Colunistas » As «revoluções» de Arcos de Valdevez e de Viseu

As «revoluções» de Arcos de Valdevez e de Viseu

 As «revoluções» de Arcos de Valdevez e de Viseu
17.08.24
partilhar
 As «revoluções» de Arcos de Valdevez e de Viseu

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

No seu livro “Ir Prò Maneta, a Revolta Contra os Franceses (1808)”, Vasco Pulido Valente defende a tese de que, durante as invasões francesas, foi a revolta e o inconformismo do povo que foi determinante na derrota do invasor.
Neste livro são descritos dois episódios ocorridos em Junho de 1808 em que, por algum tempo, os de baixo tomaram o lugar dos de cima.

Arcos de Valdevez
Quando o sino tocou “a rebate” contra os franceses, a arraia miúda saiu à rua, libertou os presos, deu uma sova no juiz de fora e meteu-o na cadeia que tinha sido esvaziada.
Depois, foi à Câmara, injuriou os vereadores “e lançou pelas janelas as respectivas cadeiras”. Cenas destas eram banais naqueles tempos sem rei (tinha fugido para o Brasil) nem roque. A partir daqui é que “os camponeses de Arcos” começaram a inovar: “pegaram fogo ao arquivo da Câmara” e “rasgaram entusiasticamente os «papéis»”, que “continham os títulos legais dos «grandes»”.
A seguir, o povo “constituiu um governo” e desatou a publicar leis “que se queriam válidas para Portugal inteiro” e que aboliram o recrutamento e “o pagamento das oblatas aos padres”, fixaram preços, proibiram a exportação de cereais, etc. Em suma, queriam o fim “de um serviço militar cruel, vida estável e barata”, “menos impostos, defesa contra um Estado opressor.”
Os cabecilhas, “um jornaleiro, um seareiro e dois serralheiros”, seguiam as instruções de um estudante. Foram todos julgados e condenados.

Viseu
Na cidade de Viriato, depois da “queima dos «papéis»”, foi escolhido um “juiz do povo” que prendeu os representantes civis e militares do governo, “demitiu os vereadores da Câmara e o capitão-mor e substituiu-os por «gente da sua confiança»”.
Formou-se uma “junta de vinte e quatro membros”, todos da «plebe», que se auto-baptizou de «Junta dos Prudentes» e que «ficou regendo a cidade» até que, perante a “extravagância e o risco da sua situação”, decidiu “entregar Viseu ao seu bispo e a dissolver-se com a discrição que as circunstâncias aconselhavam.” Isto é, passou entre os pingos da chuva.
Esta “prudência” viseense teve mais um episódio naquele ano. Será tema do próximo Olho de Gato.

 As «revoluções» de Arcos de Valdevez e de Viseu

Jornal do Centro

pub
 As «revoluções» de Arcos de Valdevez e de Viseu

Colunistas

Procurar