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Joaquim Alexandre Rodrigues
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A temperatura social está a aumentar:
— minutos antes de começar a escrever estas linhas, vi imagens em directo de uma manifestação inorgânica, com mensagens e palavras de ordem contra os partidos, convocada pelo WhatsApp para a porta da sede do PS, no Largo do Rato;
— por estes dias, o governo, onde quer que vá, tem uma “comissão de recepção”; estas coisas, no tempo de Passos Coelho, chamavam-se “grandoladas”, agora ainda não têm nome;
— até o Marcelo dos abraços e das selfies começa a ter dissabores; em Murça, dois emigrantes abordaram-no e interpretaram o “fala-fala-fala-mas-não-o-vejo-a-fazer-nada” do célebre sketch dos Gato Fedorento.
A paz e amor dos tempos da geringonça já lá vão. O clima social mudou: as pessoas estão mais zangadas e mais reivindicativas.
Este descontentamento põe a funcionar, a alta rotação, dois motores sociais poderosos: a inveja e a schadenfreude. Que não são a mesma coisa: inveja é ficar triste com a felicidade dos outros; schadenfreude é ficar contente com a infelicidade dos outros:
— a lista do património dos políticos – que acaba de vir a público – pôs as pessoas a invejarem Basílio Horta, o mais rico deles;
— a desgraça de Alexandra Reis – que vai ter de devolver, no todo ou em parte, a indemnização que recebeu da TAP – alegra o maralhal, atesta-o de schadenfreude.
Já se sabe: por vezes estas emoções são espontâneas e impossíveis de prever. Mas o mais comum é os políticos encomendarem adubações de inveja e schadenfreude às agências de comunicação e estas, depois, disseminarem o produto através dos “influencers” das redes sociais e os “papagaios” das televisões.
Em matéria de schadenfreude, os professores têm sido uns cristos. Tudo começou, em 2007, com José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues. Nesta última década e meia, todos os governos deram porrada nos docentes, todos sem excepção os diabolizaram. E esse exercício teve sempre o aplauso da opinião pública e publicada.
Os professores estão outra vez em luta. Era bom que desta vez, depois das negociações, eles fossem alvo de alguma inveja. Mas de nenhuma schadenfreude.
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Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca
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