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Delegado à mesa de voto consulta a lista de eleitores para a Câmara Municipal do Porto, 12 de outubro de 2025. Decorrem este domingo as eleições autárquicas em Portugal onde mais de 9,3 milhões de eleitores podem votar. Os eleitores vão escolher os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia, pelo que há três boletins de voto. MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA
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Líbano, um Estado ausente

 Líbano, um Estado ausente
05.10.24
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 Líbano, um Estado ausente

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

Logo nas páginas iniciais do seu livro “O Equilíbrio do Poder — Estados, Sociedades e o Futuro da Liberdade”, Daron Acemoglu e James de A. Robinson lembram que, “durante a maior parte da existência humana, a insegurança e a dominação foram factos da vida”. 
Até ser criado o Estado, os humanos viviam em “Warre”, em guerra total, todos contra todos. Para evitar este pesadelo que foi a vida dos humanos durante dezenas de milhares de anos, precisamos de (i) um Estado forte capaz de “conter a violência, impor as leis e fornecer os serviços públicos” e, ao mesmo tempo, de (ii) “uma sociedade forte capaz de acorrentar o Estado forte”.
A nossa liberdade depende deste “estreito corredor” entre o (i) e o (ii), entre “o medo e a repressão forjados pelos Estados despóticos e a violência e a anarquia que surgem na sua ausência”. Atenção: trata-se de um “corredor” e não de uma “porta” que se franqueia e se é feliz para sempre. A liberdade nunca é uma conquista definitiva, é uma luta “constante e quotidiana”, em “que o Estado e a sociedade se equilibram entre si”. É esta dinâmica que cria o “Estado acorrentado” das democracias e nos evita duas desgraças: o “Estado despótico” e o “Estado ausente”.

O Líbano é um exemplo de Estado ausente. Quando se tornou independente em 1943, o poder foi dividido entre cristãos, muçulmanas xiitas, sunitas e drusos: o presidente passou a ser sempre um cristão maronita, o PM um muçulmano sunita, o presidente do Parlamento um muçulmano xiita, “o vice-presidente do Parlamento e o vice-PM tinham de ser cristãos ortodoxos gregos”, ao passo que o número um das forças armadas seria sempre um muçulmano druso.
Como é evidente, “este pacto resultou num Estado incrivelmente fraco”. Apesar de tudo, nas três primeiras décadas, o Líbano progrediu bem. Houve harmonia entre as várias comunidades. Era a “Suíça do Oriente”. 
Infelizmente, um forte “influxo de refugiados palestinianos” mergulhou o país “numa perversa guerra civil entre as suas diferentes comunidades” que durou de 1975 a 1989.
Depois, nas décadas seguintes, a paralisia das instituições libanesas somada à “economia do martírio” encomandada (não é gralha) pelos aiatolás do Irão ao Hezbollah fizeram o resto da desgraça a que estamos a assistir.

 Líbano, um Estado ausente

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