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O treinador Roger Nunes deixou o comando técnico da equipa de futsal feminino do Viseu 2001. Uma despedida que acontece depois de quatro anos de ligação ao clube. Tudo começou na época 2019/2020.
Ao Jornal do Centro, o treinador confessa que a decisão partiu dele. “Foi uma decisão minha. O clube tentou convencer-me com algum investimento, mesmo com uma fase muito difícil. O desporto feminino passa por dificuldades no país inteiro e, especificamente, em Viseu. Não é apoiado devidamente. Já o digo há muitos anos”, lamenta.
Assegurando que se envolve “em projetos com o objetivo de subir aos nacionais” e assumindo que o Viseu 2001 estava limitado para poder “dar esse salto”, Roger Nunes optou por sair.
“Comuniquei ao Viseu 2001 que não me sentia motivado para continuar no projeto. Percebia-se que o Viseu 2001 fazia tudo o que podia, mas que não podia dar mais do que aquilo que dava para chegarmos ao campeonato nacional. É preciso mais qualquer coisa: em termos de plantel, em termos de condições, para atrairmos outros tipo de atletas que nos façam ombrear com as outras equipas nos momentos em que é preciso matar o jogo”, justifica.
O treinador confidencia que sair do Viseu 2001 foi um passo doloroso. “Custou-me imenso tomar a decisão porque me sentia em casa no Viseu 2001, mas senti que na próxima época não iria haver uma grande mudança para o passo que nos estava a faltar dar [subida aos nacionais]”, explica.
No balneário, garante, ficou sempre um profundo sentimento de família. “O grupo era muito forte. Foi com esse espírito que fizemos o que fizemos: três troféus conquistados esta época e por dois pontos que não chegámos à fase que nos poderia dar acesso à Segunda Divisão”, revela.
E quando comunicou a decisão às jogadoras, Roger Nunes diz ter ficado no ar um misto de sentimentos. “Houve compreensão e amargura. Quebra-se um ciclo, mas apenas enquanto treinador e jogadoras, mas onde existe uma relação super à vontade, nos cruzaremos por aí, certamente”, esclarece.
Para o futuro, Roger Nunes deixa claro que não quer passar muito tempo longe do banco. O técnico quer quer treinar já na próxima época. “São 19 anos a treinar e por mais que haja momentos em que é preciso parar um bocadinho, o bichinho pelo desporto e pelo treino é muito grande. Ainda tenho 44 anos e ainda posso cá andar mais alguns”, sublinha.
Entretanto, quer para já “algum tempo para repousar e ponderar”, nas “propostas” que entretanto já surgiram. “Em futsal masculino e feminino”, avança.
Em jeito de balanço ao que foi feito ao serviço do Viseu 2001, com a conquista de quatro campeonatos distritais, uma Taça da Associação de Futebol de Viseu e duas Supertaças da Associação de Futebol de Viseu, Roger Nunes vinca que treinou jogadoras “que claramente jogavam no Campeonato nacional e estão no distrital”. “Lamento que as nossas equipas nunca tenham conseguido dar o salto”, acrescenta.