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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
1. Na próxima quinta-feira, 16 de Dezembro, o Cine Clube de Viseu faz 66 anos. Para celebrar a data, esta “sexigenária” instituição passa “O Joelho de Claire”, o quinto e o mais perfeito dos seis contos morais de Éric Rohmer.
Já uma vez escrevi aqui sobre este divertido filme de 1970, feito num tempo de liberdade, muito diferente do neo-puritanismo hipócrita de agora.
O protagonista, um diplomata trintão chamado Jerome, passa umas férias fixado no joelho de Claire, uma rapariga lépida e jovem. O filme é construído à volta desta obsessão.
“Le Genou de Claire” foi exibido em Viseu pela primeira vez há mais de trinta anos, no velho Auditório da Feira de S. Mateus. Nessa memorável sessão, quando Jerome, finalmente, chegou ao “cúmice do ápice” e conseguiu pôr a mão no joelho de Claire, uma boa parte da assistência pôs-se a bater palmas. Claro que eu também.
Uma desbunda.
2. No dia seguinte, na sexta-feira, é a vez de Rui Sinel de Cordes apresentar, na Expocenter, o seu espectáculo “Boémio”.
A comédia stand-up merecia mais atenção do jornalismo cultural e da investigação académica. Por duas razões: porque é um espectáculo que vive exclusivamente do público que paga bilhete (não há aqui subsídios, nem encomendas de políticos) e porque é uma profissão de risco. Os humoristas vão para o palco com o coração apertado nestes tempos agrestes para a liberdade de expressão, onde merdam, perdão!, onde medram o cancelamento, o tribalismo identitário, as alcateias de “ofendidinhos” aos uivos nas redes sociais.
Não conheço o percurso artístico de Rui Sinel de Cordes. Antes de escrever estas linhas, vi no YouTube uma sua performance de 2019 chamada “Memento Mori”. Nela, o actor faz questão de usar todas as palavras proibidas pelos chuis da linguagem. Todas. Uma desbunda.
Pelo que se percebe, o homem encontra na transgressão aos dogmas “woke” e na terraplanagem do politicamente correcto o combustível para a sua criação.
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Pedro Escada