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Joaquim Alexandre Rodrigues
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A procura de casas à venda desde o estrangeiro é já expressiva no distrito de Viseu, representando 26,4% do interesse total.
Já Lisboa e o Porto estão no fundo da tabela, uma vez que o interesse internacional representa apenas 12,1% e 13,7% do total da procura de casas em cada um dos distritos, respetivamente, de acordo com a análise do portal idealista. Os estrangeiros continuam, assim, a dinamizar o mercado habitacional.
O que se tem sentido em Portugal nos últimos meses é que os houve uma recuperação do interesse dos estrangeiros em comprar casa no país, depois de a procura ter caídoa pique entre dezembro de 2023 e julho de 2024, muito por culta do fim destas vantagens fiscais. Se no segundo trimestre deste ano os estrangeiros pesavam apenas 13,5% da procura total de casas à venda em Portugal, nos três meses terminados em outubro os cidadãos internacionais passaram a pesar 18,8% do total (+5,3 pontos percentuais).
Agora, a procura internacional por habitação tem origem, sobretudo, na França, no Reino Unido e nos EUA, por esta ordem. Este é o top3 depois de se ter sentido uma mudança de nacionalidades a partir de outubro de 2023, data em que o fim dos vistos gold entrou em vigor com o Mais Habitação – até então a procura desde os EUA estava em primeiro lugar.
Depois da tempestade, os estrangeiros deverão estar a acomodar-se às novas regras fiscais em Portugal, que não se alteraram com o novo Governo de Montenegro. Agora, aguarda-se a regulamentação do recente Incentivo fiscal à investigação científica e inovação (IFICI+), que vem substituir o antigo regime de RNH. Além disso, foi ainda criado o visto gold solidário que canaliza investimento privado para projetos de apoio a imigrantes vulneráveis.
A par de tudo isto, importa lembrar que os fundamentos do imobiliário em Portugal não se alteraram, continuando a ser um país atrativo para comprar casa e investir neste setor. E muitos estrangeiros continuam atraídos pela qualidade de vida, segurança, baixos preços e clima que o nosso país oferece, o que estimula a procura por habitação, que já é bem alta e superior à oferta. É por este e outros fatores que se antecipa que os preços das casas vão continuar a subir em 2025.